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A crise humanitária na Faixa de Gaza

A crise humanitária na Faixa de Gaza
Direitos de autor REUTERS/Suhaib Salem
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Na Faixa de Gaza, os confrontos estão parados, mas deixaram a população numa crise profunda. Sem dinheiro, nem emprego, grande parte da população depende da ajuda humanitária para sobreviver.

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Uma frágil calma reina em Gaza. Um mês após a pior crise entre o Hamas e Israel desde a guerra de 2014, o território vive numa trégua temporária, que mais parece um confronto armado.

A Faixa de Gaza tem a maior taxa de desemprego do mundo. Os quase dois milhões de moradores que aqui vivem fazem o que podem para sobreviver. "As condições económicas aqui são realmente difíceis. Não temos nada. Se perguntar a jovens com 29, 30 anos, se têm alguma moeda, eles dirão que não. Isso explica todas estas manifestações na fronteira. Isso espoletou os protestos. Eles querem liberdade, querem o fim do bloqueio, querem trabalhar, ter uma vida como toda a gente, como em qualquer outro país, árabe ou não", afirma Ali, um residente de Gaza que pediu a encobrir a verdadeira identidade com um nome falso.

O bloqueio imposto por Israel no início dos anos noventa intensificou-se depois de o Hamas ter começado a governar a Faixa, em 2007. 11 anos de restrições ao movimento de pessoas e bens e as medidas punitivas da Autoridade Palestiniana contra o rival Hamas levaram a que os pagamentos de 38 mil funcionários públicos fossem sistematicamente atrasados e cortados. Os salários dos médicos incluídos.

Al Shifa é o principal hospital de Gaza. Na farmácia de ortopedia. dizem-nos que o hospital tem apenas 30% dos medicamentos necessários para tratamentos oncológicos. Não há antibióticos específicos, nem medicação para diabéticos. À semelhança da região, o sistema de saúde desmorona.

"No dia 14 de maio tivemos uma enxurrada de pacientes, os israelitas estavam a atirar sobre toda a gente e recebemos quase 250 ou 300 pessoas. Nem imagina toda esta área, cheia de pacientes no chão", conta Habis el Wahidi, Chefe do Serviço de Urgência do Hospital Al Quds, em Gaza.

A percentagem de pessoas que vivem na pobreza aumenta para 77% entre os refugiados. São mais de um milhão de pessoas a viver em 8 campos. 53% da população em Gaza não tem emprego. Entre os jovens, o número ispara para os 70%. A agência de refugiados da ONU na Palestina (UNRWA) alertou para a degradação das condições humanitárias, apesar de Israel ter permitido uma injeção de 13 milhões de euros do Qatar para pagar eletricidade e a trabalhadores.

Hoje, a população de Gaza vive presa entre o bloqueio imposto por Israel e o Egito e as divisões entre as facções palestinianas, com 80% dos residentes a depender de ajuda humanitária.

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