{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2020/12/28/buchette-del-vino-voltam-a-ser-usadas-em-italia" }, "headline": "\u0022Buchette del vino\u0022 voltam a ser usadas em It\u00e1lia", "description": "\u0022Janelas do vinho\u0022 foram usadas h\u00e1 cerca de 400 anos para vender vinho durante o per\u00edodo da peste negra em It\u00e1lia e evitar o cont\u00e1gio", "articleBody": "Em Floren\u00e7a, recuperaram-se h\u00e1bitos do ado, em nome de uma vida t\u00e3o normal quanto poss\u00edvel, mas socialmente distanciada. As centen\u00e1rias \u0022buchette del vino\u0022, que \u00e9 como quem diz \u0022janelas do vinho\u0022, voltaram a abrir. Foram criadas durante o per\u00edodo do Renascimento e eram usadas para atender clientes durante a \u00e9poca da peste de 1630 na cidade, aparentemente para prevenir o cont\u00e1gio. Hoje ajudam restaurantes e bares da zona hist\u00f3rica de Floren\u00e7a a manter-se \u00e0 tona, em plena crise provocada pelo novo coronav\u00edrus. \u0022O foi fant\u00e1stico porque as pessoas redescobriram o prazer de sair e de encontrar outras pessoas fora do n\u00facleo familiar. E depois h\u00e1 o prazer desta novidade, que \u00e9 uma viagem surpreendente no tempo\u0022, sublinhou, em entrevista \u00e0 Euronews, Silvana Vivoli, propriet\u00e1ria de um bar e de uma geladaria em Floren\u00e7a. Matteo Faglia, presidente da associa\u00e7\u00e3o \u0022Buchette del Vino\u0022. acrescentou: \u0022As pessoas costumavam usar uma garrafa ou um copo de vinho e quando tinham de pagar recebiam uma pequena ta\u00e7a de metal com vinagre, onde colocavam as moedas para desinfe\u00e7\u00e3o. Na altura foi a melhor coisa que era poss\u00edvel fazer para combater a peste.\u0022 A pandemia afetou fortemente uma das cidades mais tur\u00edsticas do mundo, como quebras de at\u00e9 80% nas receitas da ind\u00fastria hoteleira. \u0022Est\u00e1 tudo praticamente deserto. N\u00e3o h\u00e1 turistas. Vendemos aos habitantes locais que pedem qualquer coisa para levar para casa de tempo a tempo e pouco mais\u0022, lamentou Alberto\u00a0Colivicchi, empres\u00e1rio da restaura\u00e7\u00e3o. Luca Palamara, Euronews -\u00a0 Estes buracos foram feitos h\u00e1 s\u00e9culos atr\u00e1s e voltaram a ser usados pela mesma raz\u00e3o.\u00a0 Primeiro foi a peste bub\u00f3nica do s\u00e9culo XVII. Agora \u00e9 a Covid-19, mas a fun\u00e7\u00e3o permanece a mesma: a vida tem de continuar, ainda que com as devidas precau\u00e7\u00f5es. Atualmente, um quatro destes lugares corre o risco de fechar para sempre. Resta a esperan\u00e7a, de que o regresso dos h\u00e1bitos do ado ajude a melhorar o futuro. ", "dateCreated": "2020-12-27T17:51:37+01:00", "dateModified": "2020-12-28T08:57:09+01:00", "datePublished": "2020-12-28T08:56:49+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F23%2F38%2F78%2F1440x810_cmsv2_14bec0f2-d457-54fc-b6bb-31563d8af738-5233878.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "\u0022Janelas do vinho\u0022 foram usadas h\u00e1 cerca de 400 anos para vender vinho durante o per\u00edodo da peste negra em It\u00e1lia e evitar o cont\u00e1gio", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F23%2F38%2F78%2F432x243_cmsv2_14bec0f2-d457-54fc-b6bb-31563d8af738-5233878.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

"Buchette del vino" voltam a ser usadas em Itália

"Buchette del vino" voltam a ser usadas em Itália
Direitos de autor euronews
Direitos de autor euronews
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

"Janelas do vinho" foram usadas há cerca de 400 anos para vender vinho durante o período da peste negra em Itália e evitar o contágio

PUBLICIDADE

Em Florença, recuperaram-se hábitos do ado, em nome de uma vida tão normal quanto possível, mas socialmente distanciada.

As centenárias "buchette del vino", que é como quem diz "janelas do vinho", voltaram a abrir. Foram criadas durante o período do Renascimento e eram usadas para atender clientes durante a época da peste de 1630 na cidade, aparentemente para prevenir o contágio.

Hoje ajudam restaurantes e bares da zona histórica de Florença a manter-se à tona, em plena crise provocada pelo novo coronavírus.

"O foi fantástico porque as pessoas redescobriram o prazer de sair e de encontrar outras pessoas fora do núcleo familiar. E depois há o prazer desta novidade, que é uma viagem surpreendente no tempo", sublinhou, em entrevista à Euronews, Silvana Vivoli, proprietária de um bar e de uma geladaria em Florença.

Matteo Faglia, presidente da associação "Buchette del Vino". acrescentou: "As pessoas costumavam usar uma garrafa ou um copo de vinho e quando tinham de pagar recebiam uma pequena taça de metal com vinagre, onde colocavam as moedas para desinfeção. Na altura foi a melhor coisa que era possível fazer para combater a peste."

A pandemia afetou fortemente uma das cidades mais turísticas do mundo, como quebras de até 80% nas receitas da indústria hoteleira.

"Está tudo praticamente deserto. Não há turistas. Vendemos aos habitantes locais que pedem qualquer coisa para levar para casa de tempo a tempo e pouco mais", lamentou Alberto Colivicchi, empresário da restauração.

Luca Palamara, Euronews - Estes buracos foram feitos há séculos atrás e voltaram a ser usados pela mesma razão. Primeiro foi a peste bubónica do século XVII. Agora é a Covid-19, mas a função permanece a mesma: a vida tem de continuar, ainda que com as devidas precauções.

Atualmente, um quatro destes lugares corre o risco de fechar para sempre. Resta a esperança, de que o regresso dos hábitos do ado ajude a melhorar o futuro.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Itália assinala o dia em memória das vítimas da Covid-19

Democratas pressionam Joe Biden para reavaliar candidatura às presidenciais

Biden infetado com covid-19 suspende ações de campanha