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O que está em jogo nas presidenciais portuguesas

Candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa teve apoio oficioso de António Costa
Candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa teve apoio oficioso de António Costa Direitos de autor MANUEL DE ALMEIDA/ 2020 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
Direitos de autor MANUEL DE ALMEIDA/ 2020 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
De Filipa Soares
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A poucos dias das presidenciais em Portugal, a repórter Filipa Soares foi à Universidade do Minho, em Braga, analisar com dois alunos e um professor de Ciência Política o que está em causa nestas eleições para o Governo minoritário e para os partidos da geringonça.

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Afonso Cardo e Tomás Pereira estudam Ciência Política, na Universidade do Minho, na cidade portuguesa de Braga. Por estes dias, as eleições presidenciais de domingo são o principal tema de conversa.

As sondagens preveem uma vitória com grande margem do atual presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, apoiado pelo PSD e pelo CDS. Marcelo teve também o apoio oficioso do secretário-geral do PS e primeiro-ministro António Costa à sua recandidatura. "Apoiou o presidente Marcelo, precisamente porque estando previsto que ele ia ganhar, não queria perder o momentum que perderia com uma derrota e queria manter-se dentro do favor, mais ou menos, do presidente", diz Afonso Cardo. 

"Quanto maior for a dimensão da vitória do presidente Marcelo Rebelo de Sousa, quanto mais expressiva for, e se isso combinar com votações e resultados precários e frágeis dos parceiros de esquerda do Partido Socialista, digamos que mais fortalecida sairá a posição relativa do primeiro-ministro António Costa nas negociações à esquerda", afirma Tomás Pereira. 

O Partido Socialista tem governado o país com um Governo minoritário, apoiado por acordos com os outros partidos de esquerda, mas perdeu o apoio do Bloco de Esquerda na votação do último Orçamento de Estado.

"Eu julgo que para o Partido Socialista interessará que, apesar de tudo, Marcelo Rebelo de Sousa não tenha uma grande votação, de forma a que não se sinta tão reforçado, porque isso poderá provocar um desequilíbrio nas relações de poder entre a presidência e o Governo", defende José Palmeira, professor de Ciência Política na Universidade do Minho. 

Numa altura em que Portugal apresenta dos piores números de novos casos de Covid-19 do mundo, a crise económica e social associada à pandemia pode dificultar a missão do Governo.

"O papel do presidente da República pode ser ainda reforçado no próximo mandato, caso, por exemplo, exista uma crise política. Nos cenários de crise política em que é necessário substituir o Governo antes do final do seu mandato, antes do final da legislatura, o papel do presidente da República é fundamental, na medida em que tem que ser ele a mediar, digamos assim, a necessidade de formação de uma maioria parlamentar de apoio ao Governo", realça José Palmeira.

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