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Moçambique vai ser a voz de África no Conselho de Segurança da ONU

Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi
Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi Direitos de autor Euronews
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De Neusa Silva & João Peseiro Monteiro
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Presidente de Moçambique quer que a voz dos africanos se faça ouvir com mais intensidade no Conselho de Segurança da ONU. Filipe Nyusi assumiu a responsabilidade que é ser o representante de um continente cujos problemas ocupam grande parte da agenda do órgão das Nações Unidas

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A partir de 1 de Janeiro de 2023 Suíça, Malta, Equador, Japão e Moçambique iniciam os mandatos no Conselho de Segurança das Nações Unidas em representação das respetivas regiões.

Moçambique, com 192 votos a favor, foi o único concorrente que contou com voto favorável de todos os Estados-membros presentes no processo de votação. Vai substituir agora o Quénia, frente ao grupo africano no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Bem-vindo à Euronews Sr. Presidente Filipe Nyusi. O que significa para Moçambique esta nomeação?

_Filipe Nyusi, presidente de Moçambique:
_

A agenda do Conselho de Segurança das Nações Unidas é ocupada em 60 por cento por problemas africanos. O que significa que nós temos que, na qualidade de representante do continente e apesar de sermos poucos, levar a mensagem profunda, levar a voz não ouvida para tratarmos dos assuntos do nosso continente.

Portanto, é muita responsabilidade porque a expectativa é maior. Como viu a votação foi quase plena, de 192 países, e significa a oportunidade que Moçambique tem para poder transmitir a sua experiência e contribuir para as soluções do mundo no setor da segurança.

Neusa e Silva, Euronews: Considera que a fraca representatividade do continente africano no Conselho de Segurança das Nações Unidas pode constituir um obstáculo ao desempenho de Moçambique frente ao grupo africano para colocar no centro das atenções os problemas de segurança em África?

_Filipe Nyusi, presidente de Moçambique:
_

Certamente que sim, mas talvez usássemos o termo “é um desafio!” Há dificuldades, mas nós temos que lutar para ver se conseguimos impor-nos. E como é que isso se faz? É levar esta voz, estando lá e indo lá dizer que as coisas têm que mudar. Estava a dar exemplos que os novos processos de governação e istração são mais prósperos, têm sucesso, sobretudo quando se aproxima mais o poder às pessoas que precisam.

_Então levar, de facto, mais países africanos significa colher mais sensibilidades, mais união para transmitirmos problemas dos que mais ocupam espaço [na agenda].
_

60 por cento dos problemas do Conselho de Segurança são matérias africanas
Filipe Nyusi
Presidente de Moçambique

A presença dessas pessoas, que estão lá e que precisam de ser ouvidas e que os seus problemas precisam de ser resolvidos, é fundamental. Então continuaremos na linha dos africanos, no tema de reformas das Nações Unidas, concretamente no âmbito do Conselho de Segurança.

Neusa e Silva, Euronews: Acha que será possível durante o seu mandato haver de facto esta reforma, pelo menos dois assentos permanentes para África, como sugerem alguns chefes de estado africanos e pelo menos três não permanentes?

_Filipe Nyusi, presidente de Moçambique:
_

Bom, nós não somos demagogos, e muitas das vezes não gostamos de sonhar, gostamos é de fazer as coisas acontecer. Vamos dar o nosso máximo até onde pudermos, mas essa é a nossa intenção.

Neusa e Silva, Euronews: Quer partilhar connosco o que Moçambique vai defender enquanto representante do grupo africano?

_Filipe Nyusi, presidente de Moçambique:
_

Não ao terrorismo, não à proliferação das armas, nós somos campeões de gestão de risco, Moçambique e eu pessoalmente, em gestão de desastres, também vamos defender a proteção ambiental o equilíbrio do género e muito mais. Mas, não à guerra, isso é fundamental!

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