Aviso do chefe da diplomacia polaca foi feito numa cimeira em Varsóvia, que juntou ainda os ministros da Defesa da Alemanha, França e Itália, bem como o vice-ministro do Reino Unido com esta pasta. Polónia prevê gastos militares de 4,7% do PIB em 2025.
O ministro polaco da Defesa avisa que os gastos do setor militar devem estar no topo das prioridades dos líderes europeus.
"Não há questão mais importante do que as despesas com a segurança", salientou Wladyslaw Kosiniak-Kamysz numa cimeira em Varsóvia que juntou ainda os ministros da Defesa da Alemanha, França e Itália, bem como o vice-ministro do Reino Unido com esta pasta.
A reunião dos principais ministros da Defesa da União Europeia (UE) ocorre numa altura em que a Polónia inicia a sua presidência rotativa do bloco comunitário, a qual se estende até 30 de junho, e em que a Europa se prepara para a imprevisibilidade de uma nova presidência de Donald Trump nos Estados Unidos.
O chefe da diplomacia polaca enumerou os "três pilares básicos" para uma Europa com mais condições de se impor na cena internacional: "uma sociedade forte, ou seja, a nossa resistência à guerra híbrida(...) um exército forte - exércitos nacionais fortes - e a força da nossa aliança".
O apelo de Varsóvia reforça as mensagens já veiculadas por outros líderes europeus na Cimeira da Lapónia, na Finlândia, no final de dezembro, e pelo chefe da NATO, que considerou "urgente" o aumento do investimento na área da Defesa para proteger a "liberdade", a "prosperidade" e o "modo de vida" europeu.
Meta de 4,7% do PIB em Defesa
Enquanto membro fundamental da NATO na fronteira oriental da aliança, a Polónia tem sido uma voz assertiva no que se refere à necessidade de apoiar a Ucrânia e fortalecer a segurança do velho continente.
A Polónia continua a ser um dos aliados mais fiéis da Ucrânia, tanto em termos de defesa como de ajuda humanitária, especialmente porque a sua posição geográfica permite a rápida deslocação de meios e recursos para as linhas da frente em território ucraniano.
Varsóvia prevê gastar o 4,7% do seu PIB em Defesa este ano e secunda a posição de Trump, que quer aumentar a atual meta de 2% para 5% do PIB no que toca a despesa militar.
O objetivo de 5% é mais do que qualquer membro da NATO gasta atualmente, incluindo os Estados Unidos (3,4% no ano ado), sendo que a Polónia alocou 4,12% do seu PIB para a Defesa em 2024.