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Petição viral pede que Gisèle Pelicot seja galardoada com o Prémio Nobel da Paz

Gisele Pelicot sai do tribunal de Avignon, no sul de França, a 19 de dezembro de 2024.
Gisele Pelicot sai do tribunal de Avignon, no sul de França, a 19 de dezembro de 2024. Direitos de autor Lewis Joly/AP
Direitos de autor Lewis Joly/AP
De Estelle Nilsson-Julien
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Gisèle Pelicot, uma sobrevivente de abusos sexuais, é aclamada como um ícone nacional em França pela sua coragem em tribunal.

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Uma petiçãoonline tornou-se viral depois de ter proposto, na ada quarta-feira, que Gisèle Pelicot fosse galardoada com o Prémio Nobel da Paz.

Pelicot tornou-se mundialmente conhecida por ter enfrentado o ex-marido e dezenas de outros agressores num julgamento de violação coletiva que chocou França e a transformou num ícone feminista.

Até agora, a petição já reuniu quase 90.000 s em menos de uma semana.

"Ninguém merece mais o Prémio Nobel do que Gisèle Pelicot", escreveu Catherine Mayer, uma jornalista britânica que iniciou a petição, na sua explicação para a iniciativa.

Durante quase uma década, o ex-marido de Gisèle Pelicot, Dominique Pelicot, de 72 anos, istrou-lhe sedativos e violou-a inconsciente, convidando homens que recrutou online a fazer o mesmo, sem o conhecimento ou aprovação da vítima.

No início de janeiro, foi detido o fundador do site utilizado por Dominique Pelicot para encontrar e ar com esses homens.

Gisèle Pelicot chamou a atenção dos meios de comunicação social ses e internacionais, bem como de grupos de defesa dos direitos das mulheres de todo o mundo, pela abertura e coragem que demonstrou no julgamento, que durou três meses, contra o ex-marido e 50 outros homens, depois de ter renunciado ao seu direito ao anonimato enquanto sobrevivente de abusos sexuais.

Gisèle Pelicot conseguiu que as audiências e as provas - incluindo os vídeos caseiros do ex-marido - fossem itidas em tribunal, tendo insistido que "a vergonha devia recair sobre os abusadores" e não sobre ela.

"Gisèle Pelicot conseguiu romper o nevoeiro da desinformação, abdicando do anonimato para comparecer no julgamento dos seus agressores e testemunhar", escreveu Mayer.

"Partilhamos a mesma luta"

O tribunal da cidade de Avignon, no sul do país, considerou Dominique Pelicot culpado de violação e de todas as outras acusações contra ele apresentadas em dezembro, condenando-o a 20 anos de prisão, pena máxima possível em França.

Os outros 50 homens considerados culpados da violação de Gisèle Pelicot foram condenados a penas que vão de três a 15 anos de prisão.

Após a sentença, Pelicot deixou uma mensagem de esperança.

"Quero que saibam que partilhamos a mesma luta. Quando abri as portas a este processo... Eu queria que a sociedade testemunhasse os debates que aconteceram aqui", referiu a sobrevivente.

"Confio agora na nossa capacidade para encontrar um futuro melhor onde todos, mulheres e homens, possam viver em harmonia, respeito e compreensão mútua."

Gisèle Pelicot foi nomeada Personalidade do Ano em França através de uma sondagem realizada no país em 2024, batendo líderes mundiais como o presidente francês, Emmanuel Macron, e o ucraniano Volodymyr Zelenskyy.

Em 2018, o comité do Prémio Nobel da Paz atribuiu um prémio conjunto - pela luta contra a violência sexual - ao ginecologista congolês Denis Mukwege e à ativista iazidi Nadia Murad.

A organização japonesa Nihon Hidankyo - um movimento popular de sobreviventes da bomba atómica de Hiroshima e Nagasaki - recebeu o prémio em 2024.

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