Um porta-voz da PIA disse que o anúncio, que tem mais de 21,2 milhões de visualizações no X, tinha apenas o objetivo de celebrar o facto de a companhia aérea estar a retomar os voos para a Europa.
A companhia aérea nacional do Paquistão afirmou que a campanha publicitária que mostra um avião a dirigir-se para a Torre Eiffel nunca teve a intenção de evocar as memórias dos ataques terroristas de 11 de setembro em Nova Iorque.
A ilustração mostra um avião sobreposto à bandeira sa e inclinado em direção ao marco de Paris, com as palavras "Paris, estamos a chegar hoje".
O anúncio foi publicado no X pela Pakistan International Airlines (PIA) em 10 de janeiro, dia em que a companhia retomou os voos para os países da União Europeia após uma proibição de quatro anos imposta pela agência de segurança aérea do bloco.
Muitos utilizadores das redes sociais criticaram imediatamente o anúncio e o primeiro-ministro paquistanês, Shebaz Sharif, pediu um inquérito.
Na terça-feira, o vice-primeiro-ministro Ishaq Dar descreveu o anúncio como um ato de "estupidez".
O porta-voz da PIA, Abdullah Hafeez, afirmou que o anúncio, que não foi apagado e tem mais de 21,2 milhões de visualizações, se destinava apenas a celebrar o facto de a companhia aérea estar a retomar os voos para a Europa e nunca teve a intenção de prejudicar os sobreviventes do 11 de setembro ou as famílias das vítimas.
Hafeez disse estar surpreendido com as críticas, mas afirmou que "pedimos desculpa àqueles que sentem que o anúncio os magoou".
"Queremos deixar claro que não tivemos a intenção de ferir os sentimentos de ninguém", disse Hafeez.
O anúncio mostrava a Torre Eifel porque é um dos melhores sítios do mundo.
As restrições à companhia aérea foram impostas em 2020, depois de 97 pessoas terem morrido quando um avião da PIA se despenhou em Karachi, no sul do Paquistão.
O então Ministro da Aviação, Ghulam Sarwar Khan, afirmou que uma investigação sobre o acidente revelou que quase um terço dos pilotos paquistaneses tinha feito batota nos exames de pilotagem.
Mais tarde, uma investigação governamental concluiu que o acidente tinha sido causado por um erro do piloto.
A proibição causou uma perda de receitas de cerca de 150 milhões de dólares (145 milhões de euros) por ano para a PIA, segundo as autoridades.
O Paquistão tem algumas ligações aos atentados de 11 de setembro. Um dos mentores do 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed, foi detido no país em 2003.
E em 2011, Osama bin Laden foi morto num raid das forças especiais americanas no Paquistão.