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BCE baixa as taxas pela oitava vez, com as tensões comerciais a ameaçarem o crescimento

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, durante uma conferência de imprensa em Frankfurt, na Alemanha, 17 de abril de 2025.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, durante uma conferência de imprensa em Frankfurt, na Alemanha, 17 de abril de 2025. Direitos de autor AP/Matthias Schrader
Direitos de autor AP/Matthias Schrader
De Eleanor Butler
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O Banco Central Europeu (BCE) baixou a taxa de juro de referência para 2%, em linha com as estimativas dos analistas.

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O Banco Central Europeu reduziu na quinta-feira a principal taxa de juro de referência em 25 pontos base para 2%, o nível mais baixo em mais de dois anos.

As taxas de juro das operações principais de refinanciamento e de facilidade permanente cedência de liquidez vão também reduzidas para 2,15% e 2,40%, respetivamente, com efeitos a partir de 11 de junho de 2025.

A taxa de juro das operações principais de refinanciamento é a taxa que os bancos pagam quando pedem dinheiro emprestado ao BCE durante uma semana, ao o que a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez é a taxa que os bancos pagam quando pedem dinheiro emprestado ao BCE a muito curto prazo (overnight).

A facilidade de depósito é a taxa de juro que os bancos recebem quando depositam dinheiro no banco central de um dia para o outro.

"Embora se espere que a incerteza em torno das políticas comerciais pese sobre o investimento empresarial e as exportações, especialmente a curto prazo, o aumento do investimento público na defesa e nas infraestruturas vai apoiar cada vez mais o crescimento a médio prazo", afirmou o BCE esta quinta-feira.

"Os rendimentos reais mais elevados e um mercado de trabalho robusto vão permitir às famílias gastar mais. Juntamente com condições de financiamento mais favoráveis, devem tornar a economia mais resistente aos choques globais".

O corte desta quinta-feira, que leva a taxa de depósito para metade do pico registado em junho de 2024, é apoiado pelo abrandamento da pressão sobre os preços.

A taxa de inflação anual na zona euro ficou abaixo das estimativas, situando-se em 1,9% em maio. Este valor é inferior ao total de 2,2% registado em abril e está abaixo do objetivo de 2% do BCE.

A inflação subjacente, que exclui os preços voláteis dos produtos alimentares e da energia, também abrandou em maio, situando-se em 2,4%, contra 2,7% em abril.

O arrefecimento foi mais rápido do que o previsto pelo BCE no início do ano, em parte graças a um euro mais forte - que tornou os bens importados mais baratos - e a custos energéticos mais baixos do que o previsto.

Espera-se que estes fatores, bem como um mercado de trabalho menos aquecido, ajudem a moderar a inflação nos próximos meses. As mercadorias reencaminhadas para fora dos Estados Unidos, devido às tarifas elevadas, podem também acabar na Europa, fazendo baixar os custos à medida que a oferta aumenta.

As projeções de crescimento para a zona euro são também muito incertas, uma vez que as tarifas impostas por Washington perturbam o comércio mundial e reduzem a procura dos consumidores.

A economia da zona euro cresceu 0,3% nos primeiros três meses deste ano, em comparação com 0,2% no trimestre anterior, superando as expectativas.

Apesar da perspetiva de um abrandamento do comércio mundial, o aumento das intenções de despesa com a defesa e as infraestruturas na Europa suscitou esperanças de aceleração do crescimento.

A Alemanha aprovou uma alteração constitucional à regra do "travão da dívida", o que significa que as despesas com a defesa superiores a 1% do PIB não vão estar sujeitas a limites de endividamento. Berlim criou também um fundo extra-orçamental de 500 mil milhões de euros para despesas adicionais em infraestruturas.

Estes desenvolvimentos significam que o corte de taxas desta quinta-feira deve ser a última decisão fácil para o Conselho do BCE.

De acordo com uma nota do banco ING, publicada no início desta semana, "o mercado previu um corte até ao final do ano para uma taxa de 1,75% da facilidade de depósito".

"Existem hipóteses moderadas de que o BCE possa efetuar novos cortes mais tarde. No entanto, a formação de preços é principalmente impulsionada pelo sentimento em torno das relações comerciais entre os Estados Unidos e a União Europeia, com as tensões a aumentarem novamente nos últimos tempos", acrescentam os economistas do ING.

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