{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/green/2021/11/05/o-mar-baltico-esta-a-morrer" }, "headline": "O Mar B\u00e1ltico est\u00e1 a morrer", "description": "Os cientistas dizem que as \u00e1guas abaixo dos 80 metros j\u00e1 s\u00e3o consideradas zonas mortas, uma vez que a quantidade de oxig\u00e9nio n\u00e3o \u00e9 suficiente para os organismos vivos", "articleBody": "O Mar B\u00e1ltico \u00e9 um dos ecossistemas mais sens\u00edveis do planeta. Ali, as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas podem ser observadas mais rapidamente do que em qualquer outro lugar. Ervins Vilcins \u00e9 pescador h\u00e1 mais de 35 anos. Ao longo do tempo, recolheu amostras de peixes para investigadores e testemunhou a mudan\u00e7a do clima. E n\u00e3o \u00e9 apenas o tamanho das capturas que est\u00e1 a mudar. Os Invernos rigorosos s\u00e3o muito raros e \u00e9 muito prov\u00e1vel que a \u00e1gua fique mais quente. Vilcins conta que h\u00e1 mais variedades de peixe como o caboz redondo, uma esp\u00e9cie que n\u00e3o existia naquelas \u00e1guas. \u201c A natureza muda rapidamente. E nem sequer estou a falar de pequenos microrganismos que n\u00e3o conseguimos ver\u201d, sublinha o pescador. Por outro lado, o salm\u00e3o e o bacalhau \u2013 at\u00e9 qui abundantes - s\u00e3o cada vez mais raros. As esp\u00e9cies est\u00e3o a desaparecer n\u00e3o s\u00f3 por causa da pesca excessiva, mas tamb\u00e9m porque os locais de desova foram reduzidos. Os cientistas dizem que no Mar B\u00e1ltico, as \u00e1guas abaixo dos 80 metros j\u00e1 s\u00e3o consideradas zonas mortas, uma vez que a quantidade de oxig\u00e9nio n\u00e3o \u00e9 suficiente para os organismos vivos. Por causa das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas, a taxa de reposi\u00e7\u00e3o de \u00e1gua est\u00e1 a diminuir, uma situa\u00e7\u00e3o que cria graves problemas para um ecossistema semifechado. Ivars Putnis, investigador do Instituto \u0022BIOR\u0022 explica que as entradas de grande quantidade de \u00e1gua foram bastante regulares no s\u00e9culo ado mas agora, nas \u00faltimas d\u00e9cadas, desapareceram e h\u00e1 apenas alguns afluxos de maior quantidade. Com estas entradas de \u00e1gua mais salina, o mar Mar B\u00e1ltico recebe \u00e1gua oxigenada do Mar do Norte. Esta altera\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos fatores que explicam a degrada\u00e7\u00e3o deste ecossistema.\u00a0 Mas n\u00e3o \u00e9 s\u00f3 o aquecimento global que est\u00e1 a matar o mar. H\u00e1 que ter em conta outros impactos ambientais. A polui\u00e7\u00e3o causada pela produ\u00e7\u00e3o industrial e pela agricultura \u00e9 um fardo pesado para um mar t\u00e3o pequeno e pouco profundo. O B\u00e1ltico \u00e9 conhecido como um dos ecossistemas mais polu\u00eddos do mundo. Juris Aigars , investigador do I nstituto de Ecologia Aqu\u00e1tica da Let\u00f3nia , diz que n\u00e3o v\u00ea as pessoas a pensar de uma \u201cforma s\u00e9ria\u201d sobre a preserva\u00e7\u00e3o daquele local. \u201ensam mais em novas formas de obter algum benef\u00edcio econ\u00f3mico\u0022, defende. ", "dateCreated": "2021-10-21T12:19:01+02:00", "dateModified": "2021-11-05T08:30:33+01:00", "datePublished": "2021-11-05T08:30:09+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F15%2F95%2F42%2F1440x810_cmsv2_9cee1e96-0992-5686-bb3b-053b31eb73c6-6159542.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Os cientistas dizem que as \u00e1guas abaixo dos 80 metros j\u00e1 s\u00e3o consideradas zonas mortas, uma vez que a quantidade de oxig\u00e9nio n\u00e3o \u00e9 suficiente para os organismos vivos", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F15%2F95%2F42%2F432x243_cmsv2_9cee1e96-0992-5686-bb3b-053b31eb73c6-6159542.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Clima" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

O Mar Báltico está a morrer

O Mar Báltico está a morrer
Direitos de autor euronews
Direitos de autor euronews
De JANIS LAIZANS
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Os cientistas dizem que as águas abaixo dos 80 metros já são consideradas zonas mortas, uma vez que a quantidade de oxigénio não é suficiente para os organismos vivos

PUBLICIDADE

O Mar Báltico é um dos ecossistemas mais sensíveis do planeta. Ali, as alterações climáticas podem ser observadas mais rapidamente do que em qualquer outro lugar.

Ervins Vilcins é pescador há mais de 35 anos. Ao longo do tempo, recolheu amostras de peixes para investigadores e testemunhou a mudança do clima. E não é apenas o tamanho das capturas que está a mudar. Os Invernos rigorosos são muito raros e é muito provável que a água fique mais quente. Vilcins conta que há mais variedades de peixe como o caboz redondo, uma espécie que não existia naquelas águas. “ A natureza muda rapidamente. E nem sequer estou a falar de pequenos microrganismos que não conseguimos ver”, sublinha o pescador. Por outro lado, o salmão e o bacalhau – até qui abundantes - são cada vez mais raros.

As espécies estão a desaparecer não só por causa da pesca excessiva, mas também porque os locais de desova foram reduzidos. Os cientistas dizem que no Mar Báltico, as águas abaixo dos 80 metros já são consideradas zonas mortas, uma vez que a quantidade de oxigénio não é suficiente para os organismos vivos. Por causa das alterações climáticas, a taxa de reposição de água está a diminuir, uma situação que cria graves problemas para um ecossistema semifechado.

Ivars Putnis, investigador do Instituto "BIOR" explica que as entradas de grande quantidade de água foram bastante regulares no século ado mas agora, nas últimas décadas, desapareceram e há apenas alguns afluxos de maior quantidade. Com estas entradas de água mais salina, o mar Mar Báltico recebe água oxigenada do Mar do Norte. Esta alteração é um dos fatores que explicam a degradação deste ecossistema. 

Mas não é só o aquecimento global que está a matar o mar. Há que ter em conta outros impactos ambientais. A poluição causada pela produção industrial e pela agricultura é um fardo pesado para um mar tão pequeno e pouco profundo. O Báltico é conhecido como um dos ecossistemas mais poluídos do mundo.

Juris Aigars, investigador do Instituto de Ecologia Aquática da Letónia, diz que não vê as pessoas a pensar de uma “forma séria” sobre a preservação daquele local. “Pensam mais em novas formas de obter algum benefício económico", defende.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Iniciativas europeias para restaurar a saúde do Mar Báltico

Armamento no fundo do mar Báltico liberta produtos perigosos

A rede de projetos ambientais colaborativos no mar Báltico