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Crise demográfica: Itália pode perder um milhão de habitantes até 2030

Pessoas nas ruas de Roma
Pessoas nas ruas de Roma Direitos de autor AP
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Itália tem uma das taxas de natalidade mais baixas da União Europeia.

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Aumentar a taxa de natalidade não é um desafio apenas para Itália, mas para toda a Europa.

A Itália tem tido uma das taxas de natalidade mais baixas da União Europeia e o país está a envelhecer a um ritmo muito superior ao dos outros países europeus. A resolução da crise demográfica é um dos principais objetivos do governo e uma das grandes prioridades da agenda europeia do Irmãos de Itália, partido da primeira-ministra.

Uma conferência de dois dias realizada em Roma ofereceu a oportunidade de discutir o que está a ser descrito como uma emergência nacional interpartidária.

Uma breve interrupção por parte de um grupo de jovens ativistas que atacaram as medidas antiaborto do governo mostra como o debate sobre este assunto ainda está politicamente muito dividido.

Os organizadores sublinharam que o evento foi organizado por uma instituição privada e não pelo governo.

"Não se trata de um problema que tenha a ver com um ou outro lado político. É uma questão que diz respeito a todos e a todo o espetro político, mas também a todas as categorias sociais, desde os imigrantes aos idosos", afirma o diretor da Fundação para a natalidade.

Os especialistas afirmam que, se a tendência se mantiver, a população italiana de 59 milhões de habitantes poderá diminuir em quase um milhão em 2030.

De acordo com dados recentes divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística italiano (ISTAT), o número médio de filhos por mulher diminuiu de 1,24 em 2022 para 1,2 em 2023.

O envelhecimento da população causa problemas tanto no sistema de pensões como no sistema de saúde.

"Uma das principais características do caso italiano é o facto de a crise ter sido persistente ao longo dos anos. Desde 2008 até hoje, perdemos cerca de 200 mil nascimentos", refere Sabrina Prati, diretora-geral do ISTAT.

Só em 2023 o governo investiu cerca de mil milhões de euros em medidas destinadas a ajudar as mulheres a conciliarem a maternidade e o trabalho.

"Estamos a falar de um desafio muito difícil e de proporções históricas para todo o mundo ocidental. O ideal seria que a Europa interviesse e convocasse uma conferência intergovernamental para discutir o assunto", frisa Adriano Bordignon, presidente do Fórum Nacional das Famílias.

Os partidos da oposição afirmam que o governo deveria fazer mais para aumentar a taxa de fertilidade e os especialistas dizem que o último orçamento não inclui medidas suficientes para resolver o problema.

Políticos e analistas parecem concordar que, nas últimas décadas, os governos não conseguiram construir uma estratégia sólida para enfrentar o declínio demográfico de Itália ou, pelo menos, evitar que a taxa de natalidade do país caísse ainda mais.

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