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Falta de apoios para aprender português impede médicos ucranianos de exercer

Arquivo: Uma enfermeira cuida de um doente na Unidade de Cuidados Intensivos COVID-19 do hospital Curry Cabral em Lisboa, quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021.
Arquivo: Uma enfermeira cuida de um doente na Unidade de Cuidados Intensivos COVID-19 do hospital Curry Cabral em Lisboa, quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021. Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2021 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2021 The AP. All rights reserved
De Catarina Santos Martins com Manuel Ribeiro
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A OM solicitou ajuda à tutela para que estes profissionais estrangeiros não fossem impedidos de exercer devido à barreira linguística. Contudo, até à data, “nada foi feito para ajudar”. O problema, contudo, parece ser transversal a outros países na UE.

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A falta de apoios para aprender português tem impedido a integração de cerca de 50 médicos ucranianos, maioritariamente mulheres, no sistema de saúde.

Em declarações à agência Lusa, o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Carlos Cortes, advertiu que o país "abriu os braços às médicas ucranianas refugiadas", mas que depois "não lhes deu os instrumentos adequados".

Quando estes profissionais de saúde chegaram a Portugal, em 2022, a OM "mostrou-se disponível para adiar a prova de comunicação em português para facilitar a sua integração em equipas de trabalho sob orientação de um tutor". No entanto, a proposta apresentada ao Governo não se concretizou.

Carlos Cortes tem acompanhado a situação, tendo reunido, inclusivamente, com alguns desses médicos e transmitido as suas preocupações à anterior e atual equipa do Ministério da Saúde.

Arquivo: Assistentes e médicos preparam um paciente para uma cirurgia cardíaca, 26 de setembro de 2008, no Centro do Coração de Dresden.
Arquivo: Assistentes e médicos preparam um paciente para uma cirurgia cardíaca, 26 de setembro de 2008, no Centro do Coração de Dresden.MATTHIAS RIETSCHEL/AP

Segundo o bastonário, a OM solicitou ajuda à tutela para que estes profissionais estrangeiros não fossem impedidos de exercer devido à barreira linguística. Contudo, em declarações à rádio TSF, Carlos Cortes lamentou que, até à data, "nada foi feito para ajudar", insistindo que esta barreira pode ser "facilmente ultraada" com a criação de programas de apoio.

Dados da Ordem dos Médicos avançados à agência Lusa, no ado mês de outubro, indicam que, em 2021, havia 4.360 médicos estrangeiros a exercer em Portugal, número que subiu para 4.770 este ano.

Em 2024, as cinco nacionalidades mais representadas em Portugal são a espanhola, com 35,4%, a brasileira, com 26,9%, a italiana, com 5,7%, a ucraniana, com 3,9%, e a alemã, com 3,5%.

Burocracia dificulta o o à profissão de médicos ucranianos em outros países da UE

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou recentemente que a Europa tem uma "bomba-relógio" a resolver no que diz respeito à escassez de profissionais de saúde.

Na Alemanha, a forte burocracia no sistema de reconhecimento de habilitações dificulta o o à prática da medicina por profissionais estrangeiros. O país também tem sido afetado pela falta de médicos, tal como outros países na Europa.

“A Alemanha vai enfrentar uma escassez de 50.000 médicos nos próximos anos”, disse o ministro federal da Saúde, Karl Lauterbach, à DW em agosto de 2024.

No que diz respeito aos profissionais de saúde provenientes da Ucrânia, uma investigação levada a cabo pelo Die Welt, diz que cerca de 1600 médicos ucranianos chegaram à Alemanha, depois da invasão da Rússia, mas apenas 187 estão totalmente acreditados para medicina no país.

Ao contrário de Portugal, o entrave neste caso aparenta ser o reconhecimento das habilitações. Apesar de arem no teste de língua alemã, o processo de acreditação destes profissionais estrangeiros parece bloquear no reconhecimento das habilitações. Situação que o sindicato dos médicos na Alemanha procura agilizar juntamente com o governo federal.

Na Irlanda, as dificuldades que os médicos ucranianos enfrentam recai sobretudo no domínio da língua inglesa, mas também no registo no Conselho dos Médicos, um "processo demorado", dizem os médicos ucranianos a exercer naquele país.

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