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Breton salienta papel de Orbán como interlocutor de Trump e lamenta falta de preparação da Europa

Thierry Breton
Thierry Breton Direitos de autor Copyright Virginia Mayo/Copyright 2024 The AP
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De Maia de la Baume
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O antigo comissário recorda uma conversa recente com o primeiro-ministro húngaro, na qual este se apresentou como um o europeu fundamental do recém-eleito 47º Presidente dos EUA, Donald Trump.

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A União Europeia deveria estar mais bem preparada para o regresso de Donald Trump à Casa Branca e Viktor Orbán poderá ser a pessoa de o de Trump na Europa, afirmou Thierry Breton, antigo Comissário Europeu francês responsável pelo mercado interno da UE.

“Não creio que a Europa tenha estado tão preparada como deveria”, afirmou Breton em entrevista à Radio Schuman da Euronews, referindo-se à ‘magnitude’ da vitória de Trump nas eleições desta semana. “Por isso, sim, temos de estar preparados. E não temos um segundo a perder”.

Breton falou à Euronews enquanto os líderes se reuniam em Budapeste para a cimeira da Comunidade Política Europeia, que deverá ser dominada pela forma como a Europa deve responder à vitória de Trump na quarta-feira. O antigo presidente dos EUA ganhou oficialmente um segundo mandato na manhã de quarta-feira, depois de uma campanha acesa contra o Presidente Joe Biden e, mais tarde, contra a Vice-Presidente Kamala Harris.

Durante a sua campanha, Trump irritou os líderes europeus com promessas de que iria acabar com a guerra “em 24 horas”, e impor tarifas generalizadas a todos os produtos estrangeiros que entram nos Estados Unidos. “Podemos não gostar, mas é um novo mundo em que estamos agora”, disse Breton.

O antigo comissário também deixou claro que, com Trump no poder, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, poderá ser o principal interlocutor do presidente americano na Europa. “Quando Trump tinha questões sobre a Europa, era ele que falava com ele e era a ele que Donald Trump telefonava para tomar o pulso à situação ou desenvolver o seu ponto de vista”, disse Orbán a Breton durante uma recente reunião a sós com o líder húngaro em Budapeste, de acordo com o antigo comissário.

“Sabemos que ele vai desempenhar um papel importante”, acrescentou Breton. “Alguns podem não gostar, mas será uma realidade, pelo menos desde ontem, é uma nova realidade”.

Garantir que a Europa responde a uma presidência Trump com liderança e unidade é “absolutamente existencial para a Europa”, afirmou.

Breton disse que a Europa terá de implementar o apelo, incluído no relatório do antigo presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, para investir 800 mil milhões de euros por ano e estabelecer uma dívida comum, se quiser sobreviver à próxima “luta de gigantes” entre os EUA e a China. O relatório de Draghi, publicado há dois meses, apelava a uma “emissão regular e considerável pela UE de um ativo comum seguro e líquido para permitir projetos de investimento conjuntos” em toda a União.

Até há pouco tempo, Breton era o poderoso Comissário Europeu responsável pelo mercado interno da UE. Esperava-se que fosse reconduzido pela França, o seu país de origem, num cargo igualmente importante.

Mas, em setembro ado, anunciou a sua demissão numa carta de palavras duras dirigida a Von der Leyen, culpando a sua “governação questionável” por ter pressionado a França a apresentar outro candidato para o substituir “por razões pessoais”.

Nesta entrevista, Breton recusou voltar a acusar Von der Leyen ou julgar as suas propostas para a próxima Comissão Europeia. Mas opôs-se à decisão de von der Leyen de nomear seis vice-presidentes executivos na sua nova equipa. O princípio não está previsto nos tratados da UE e deveria ser “um comissário, um voto”, afirmou. O poder de um comissário, acrescentou, depende menos do seu título do que do seu o às direções-gerais da Comissão, que desenvolvem e gerem as áreas políticas da UE. “Quanto ao resto, é mais uma coordenação ligeira, mas isso é outra história”, afirmou.

A saída de Breton causou uma grande agitação em Bruxelas, onde tinha adquirido uma forte influência.

Na Comissão Europeia, destacou-se como um ator de poder quase omnipresente e frequentemente franco, reforçando a produção de vacinas contra a covid-19 ou aumentando a ajuda militar à Ucrânia. Não se coibiu de criticar as grandes empresas de tecnologia e de insistir numa maior regulamentação para controlar os seus excessos.

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