{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/06/07/polonia-e-portugal-assinalam-o-mes-do-orgulho-com-paradas-lgbtq" }, "headline": "Pol\u00f3nia e Portugal assinalam o m\u00eas do orgulho com marchas LGBTQ+ ", "description": "Para ambos os pa\u00edses, foi uma oportunidade para celebrar a identidade LGBTQ+ e exigir mudan\u00e7as pol\u00edticas.", "articleBody": "Tanto a Pol\u00f3nia como Portugal assinalaram o in\u00edcio do m\u00eas do orgulho com desfiles realizados no s\u00e1bado \u00e0 tarde.O m\u00eas de junho \u00e9 celebrado como o M\u00eas do Orgulho em todo o mundo, com festivais, manifesta\u00e7\u00f5es, desfiles e outros eventos que d\u00e3o visibilidade \u00e0s quest\u00f5es LGBTQ+.Cidades polacas organizam Marchas do Orgulho uma semana ap\u00f3s elei\u00e7\u00f5es importantesNa Pol\u00f3nia, realizaram-se marchas do Orgulho nas cidades de Gda\u0144sk e Wroc\u0142aw, apenas uma semana ap\u00f3s a elei\u00e7\u00e3o do conservador-nacionalista Karol Nawrocki, apoiado pelo partido Lei e Justi\u00e7a.Esta foi a 17\u00aa Parada do Orgulho em Wroc\u0142aw, e a 10\u00aa a ter lugar em Gda\u0144sk. Em Wroc\u0142aw, os manifestantes partiram da Pra\u00e7a da Liberdade \u00e0s 14:00, enquanto a \u0022Marcha da Igualdade das Tr\u00eas Cidades\u0022, que englobou as cidades costeiras de Gda\u0144sk, Gdynia e Sopot, arrancou \u00e0s 16:00. Ambas as marchas tiveram como objetivo mostrar que as cidades s\u00e3o inclusivas para todos os seus residentes.V\u00e1rios l\u00edderes pol\u00edticos confirmaram a sua participa\u00e7\u00e3o nas marchas, incluindo a ministra da Fam\u00edlia, do Trabalho e da Pol\u00edtica Social, Agnieszka Dziemianowicz-B\u0105k, a ministra da Igualdade, Katarzyna Kotula, a presidente da C\u00e2mara de Gda\u0144sk, Agnieszka Dulkiewicz, e a presidente da C\u00e2mara de Sopot, Magdalena Czarzy\u0144ska-Jachim.A vereadora e presidente da Associa\u00e7\u00e3o Tolerado para os direitos LGBTQ+, Marta Magott, disse numa entrevista ao s\u00edtio Web oficial de Gda\u0144sk que a marcha anual \u00e9 um \u0022lembrete de liberdade, solidariedade e igualdade\u0022.O evento foi significativo na Pol\u00f3nia, que continua a ser o segundo pior pa\u00eds da UE para as pessoas LGBTQ+, a seguir \u00e0 Rom\u00e9nia, de acordo com o grupo de defesa ILGA-Europa, que publica anualmente o \u0022Mapa Arco-\u00cdris\u0022, classificando os pa\u00edses com base em factores pol\u00edticos e sociais.A Pol\u00f3nia ocupou o primeiro lugar da classifica\u00e7\u00e3o durante seis anos e fez progressos marginais desde a elei\u00e7\u00e3o do governo de coliga\u00e7\u00e3o em 2023, de acordo com a organiza\u00e7\u00e3o. Portugal, por outro lado, est\u00e1 em 11\u00ba lugar.No dia 14 de junho, ter\u00e1 lugar em Vars\u00f3via uma Marcha do Orgulho.Marcha do Orgulho Gay em Lisboa alerta para a ascens\u00e3o da extrema-direitaNa 26.\u00aa Marcha do Orgulho LGBTQI+ de Lisboa, no s\u00e1bado, milhares de pessoas percorreram as avenidas da baixa da capital para defender os direitos humanos, a igualdade e a n\u00e3o discrimina\u00e7\u00e3o.A marcha saiu da Pra\u00e7a do Marqu\u00eas de Pombal \u00e0s 16h30, tendo como um dos lemas deste ano \u0022Resistir e n\u00e3o apenas Existir\u0022, de acordo com um manifesto conjunto publicado por um dos movimentos organizadores nas redes sociais.Numa altura em que a extrema-direita est\u00e1 mais pr\u00f3xima do poder pol\u00edtico e das institui\u00e7\u00f5es em Portugal e na Europa, os discursos de \u00f3dio e a discrimina\u00e7\u00e3o contra as minorias LGBTQ+ est\u00e3o a ressurgir na sociedade nacional, depois de mais de 50 anos de conquistas em Portugal dos direitos \u00e0 igualdade e \u00e0 n\u00e3o discrimina\u00e7\u00e3o.\u0022As for\u00e7as pol\u00edticas que negam os nossos direitos est\u00e3o a ganhar espa\u00e7o institucional, marchar \u00e9 reafirmar que n\u00e3o recuamos, que existimos, que resistimos\u0022, afirma a Associa\u00e7\u00e3o ILGA Portugal - Interven\u00e7\u00e3o L\u00e9sbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo (ILGA) na sua conta de Facebook.\u0022O discurso de \u00f3dio est\u00e1 a tentar normalizar-se\u0022, acrescenta a ILGA, e \u0022n\u00e3o podemos ignorar que a liberdade e a democracia est\u00e3o a ser atacadas\u0022, alerta. O grupo recorda que, durante os 48 anos de ditadura, o regime fascista negou a exist\u00eancia de homossexuais e l\u00e9sbicas, que foram perseguidos. Portugal viveu sob uma ditadura durante quase 48 anos.Fundada em 1995, a ILGA Portugal \u00e9 a mais antiga associa\u00e7\u00e3o de defesa das pessoas LGBTQ+ e das suas fam\u00edlias contra a discrimina\u00e7\u00e3o. Faz parte da ILGA World e da Plataforma para os Direitos Fundamentais da Ag\u00eancia da Uni\u00e3o Europeia. \u0022Estamos a marchar pelo direito a viver com dignidade, por todas as pessoas que vieram antes de n\u00f3s, por aquelas que est\u00e3o aqui e por aquelas que ainda vir\u00e3o\u0022.\u0022Este \u00e9 um direito que foi conquistado ao longo dos anos em Portugal e que hoje est\u00e1 amea\u00e7ado\u0022, disse Mariana Mort\u00e1gua, coordenadora do partido Bloco de Esquerda, que participou no desfile. \u0022Hoje em dia, \u00e9 dif\u00edcil manifestarmo-nos pelos direitos humanos sem sermos amea\u00e7ados por for\u00e7as de extrema-direita e sem que o governo fa\u00e7a alguma coisa\u0022, acrescentou Mort\u00e1gua em declara\u00e7\u00f5es \u00e0 RTP.\u0022Temos de continuar a lutar pelos direitos\u0022, disse H\u00e9lder B\u00e9rtolo, da comiss\u00e3o organizadora da Marcha. \u0022\u00c9 importante estarmos aqui, levantarmos a voz\u0022, acrescentou, a prop\u00f3sito da amea\u00e7a de quebra de direitos adquiridos face \u00e0 ascens\u00e3o da direita radical. B\u00e9rtolo afirmou que estes direitos \u0022desapareceram\u0022, especialmente em pa\u00edses como a Hungria. \u0022A Alemanha, os Pa\u00edses Baixos, a Pol\u00f3nia e outros pa\u00edses europeus tamb\u00e9m est\u00e3o a avan\u00e7ar nesta dire\u00e7\u00e3o\u0022, afirmou o porta-voz aos jornalistas.A edi\u00e7\u00e3o de 2025 contou ainda com a participa\u00e7\u00e3o da Comiss\u00e3o para a Cidadania e Igualdade de G\u00e9nero (CIG), que se juntou \u00e0s 18 associa\u00e7\u00f5es e grupos com interven\u00e7\u00e3o pol\u00edtica em defesa da comunidade LGBTQ+.", "dateCreated": "2025-06-07T11:12:26+02:00", "dateModified": "2025-06-07T19:21:00+02:00", "datePublished": "2025-06-07T19:18:51+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F31%2F93%2F96%2F1440x810_cmsv2_184f230d-97eb-5721-9c32-c04d16af3b4f-9319396.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "ARQUIVO. Drag queens dan\u00e7am em cima de um cami\u00e3o durante o desfile do Orgulho Gay de Lisboa, no s\u00e1bado, 16 de junho de 2018, em Lisboa, Portugal.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F31%2F93%2F96%2F432x243_cmsv2_184f230d-97eb-5721-9c32-c04d16af3b4f-9319396.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Skiba", "givenName": "Katarzyna-Maria", "name": "Katarzyna-Maria Skiba", "url": "/perfis/3264", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "R\u00e9daction" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Polónia e Portugal assinalam o mês do orgulho com marchas LGBTQ+

ARQUIVO. Drag queens dançam em cima de um camião durante o desfile do Orgulho Gay de Lisboa, no sábado, 16 de junho de 2018, em Lisboa, Portugal.
ARQUIVO. Drag queens dançam em cima de um camião durante o desfile do Orgulho Gay de Lisboa, no sábado, 16 de junho de 2018, em Lisboa, Portugal. Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2018 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2018 The AP. All rights reserved.
De Katarzyna-Maria Skiba & Manuel Ribeiro
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Para ambos os países, foi uma oportunidade para celebrar a identidade LGBTQ+ e exigir mudanças políticas.

PUBLICIDADE

Tanto a Polónia como Portugal assinalaram o início do mês do orgulho com desfiles realizados no sábado à tarde.

O mês de junho é celebrado como o Mês do Orgulho em todo o mundo, com festivais, manifestações, desfiles e outros eventos que dão visibilidade às questões LGBTQ+.

Cidades polacas organizam Marchas do Orgulho uma semana após eleições importantes

Na Polónia, realizaram-se marchas do Orgulho nas cidades de Gdańsk e Wrocław, apenas uma semana após a eleição do conservador-nacionalista Karol Nawrocki, apoiado pelo partido Lei e Justiça.

Esta foi a 17ª Parada do Orgulho em Wrocław, e a 10ª a ter lugar em Gdańsk. Em Wrocław, os manifestantes partiram da Praça da Liberdade às 14:00, enquanto a "Marcha da Igualdade das Três Cidades", que englobou as cidades costeiras de Gdańsk, Gdynia e Sopot, arrancou às 16:00. Ambas as marchas tiveram como objetivo mostrar que as cidades são inclusivas para todos os seus residentes.

Vários líderes políticos confirmaram a sua participação nas marchas, incluindo a ministra da Família, do Trabalho e da Política Social, Agnieszka Dziemianowicz-Bąk, a ministra da Igualdade, Katarzyna Kotula, a presidente da Câmara de Gdańsk, Agnieszka Dulkiewicz, e a presidente da Câmara de Sopot, Magdalena Czarzyńska-Jachim.

A vereadora e presidente da Associação Tolerado para os direitos LGBTQ+, Marta Magott, disse numa entrevista ao sítio Web oficial de Gdańsk que a marcha anual é um "lembrete de liberdade, solidariedade e igualdade".

O evento foi significativo na Polónia, que continua a ser o segundo pior país da UE para as pessoas LGBTQ+, a seguir à Roménia, de acordo com o grupo de defesa ILGA-Europa, que publica anualmente o "Mapa Arco-Íris", classificando os países com base em factores políticos e sociais.

A Polónia ocupou o primeiro lugar da classificação durante seis anos e fez progressos marginais desde a eleição do governo de coligação em 2023, de acordo com a organização. Portugal, por outro lado, está em 11º lugar.

No dia 14 de junho, terá lugar em Varsóvia uma Marcha do Orgulho.

Marcha do Orgulho Gay em Lisboa alerta para a ascensão da extrema-direita

ARQUIVO. Um folião, com uma bandeira gay em forma de coração pintada no rosto, participa no desfile do Orgulho Gay em Lisboa, sábado, 23 de junho de 2012. (AP Photo/Francisco
ARQUIVO. Um folião, com uma bandeira gay em forma de coração pintada no rosto, participa no desfile do Orgulho Gay em Lisboa, sábado, 23 de junho de 2012. (AP Photo/Francisco Francisco Seco/AP

Na 26.ª Marcha do Orgulho LGBTQI+ de Lisboa, no sábado, milhares de pessoas percorreram as avenidas da baixa da capital para defender os direitos humanos, a igualdade e a não discriminação.

A marcha saiu da Praça do Marquês de Pombal às 16h30, tendo como um dos lemas deste ano "Resistir e não apenas Existir", de acordo com um manifesto conjunto publicado por um dos movimentos organizadores nas redes sociais.

Numa altura em que a extrema-direita está mais próxima do poder político e das instituições em Portugal e na Europa, os discursos de ódio e a discriminação contra as minorias LGBTQ+ estão a ressurgir na sociedade nacional, depois de mais de 50 anos de conquistas em Portugal dos direitos à igualdade e à não discriminação.

"As forças políticas que negam os nossos direitos estão a ganhar espaço institucional, marchar é reafirmar que não recuamos, que existimos, que resistimos", afirma a Associação ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo (ILGA) na sua conta de Facebook.

"O discurso de ódio está a tentar normalizar-se", acrescenta a ILGA, e "não podemos ignorar que a liberdade e a democracia estão a ser atacadas", alerta. O grupo recorda que, durante os 48 anos de ditadura, o regime fascista negou a existência de homossexuais e lésbicas, que foram perseguidos. Portugal viveu sob uma ditadura durante quase 48 anos.

Fundada em 1995, a ILGA Portugal é a mais antiga associação de defesa das pessoas LGBTQ+ e das suas famílias contra a discriminação. Faz parte da ILGA World e da Plataforma para os Direitos Fundamentais da Agência da União Europeia. "Estamos a marchar pelo direito a viver com dignidade, por todas as pessoas que vieram antes de nós, por aquelas que estão aqui e por aquelas que ainda virão".

"Este é um direito que foi conquistado ao longo dos anos em Portugal e que hoje está ameaçado", disse Mariana Mortágua, coordenadora do partido Bloco de Esquerda, que participou no desfile. "Hoje em dia, é difícil manifestarmo-nos pelos direitos humanos sem sermos ameaçados por forças de extrema-direita e sem que o governo faça alguma coisa", acrescentou Mortágua em declarações à RTP.

"Temos de continuar a lutar pelos direitos", disse Hélder Bértolo, da comissão organizadora da Marcha. "É importante estarmos aqui, levantarmos a voz", acrescentou, a propósito da ameaça de quebra de direitos adquiridos face à ascensão da direita radical. Bértolo afirmou que estes direitos "desapareceram", especialmente em países como a Hungria. "A Alemanha, os Países Baixos, a Polónia e outros países europeus também estão a avançar nesta direção", afirmou o porta-voz aos jornalistas.

A edição de 2025 contou ainda com a participação da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), que se juntou às 18 associações e grupos com intervenção política em defesa da comunidade LGBTQ+.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Lei húngara sobre comunidade LGBTQ viola regulamento da UE, diz justiça europeia

Quais são os países europeus mais e menos progressistas no que diz respeito aos direitos LGBTQ+?

Violência contra pessoas LGBTI+ em Espanha duplicou num ano