{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2017/03/16/universidade-de-bremen-e-pioneira-no-mapeamento-da-poluicao-atmosferica" }, "headline": "Universidade de Bremen \u00e9 pioneira no mapeamento da polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica", "description": "Quais os n\u00edveis de polui\u00e7\u00e3o nas cidades?E como \u00e9 que a polui\u00e7\u00e3o est\u00e1 a alterar a atmosfera do planeta?S\u00e3o algumas perguntas a que os investigadores da Universidade de Bremen, na Alemanha, est\u00e3o a te", "articleBody": "*Certamente j\u00e1 usou uma aplica\u00e7\u00e3o no telem\u00f3vel para consultar a previs\u00e3o meteorol\u00f3gica. Hoje, gra\u00e7as a uma rede de sat\u00e9lites e esta\u00e7\u00f5es terrestres, \u00e9 poss\u00edvel obter informa\u00e7\u00f5es sobre polui\u00e7\u00e3o em v\u00e1rias cidades no seu telem\u00f3vel.O jornalista Claudio Rosmino reporta-nos como a Universidade de Bremen, est\u00e1 a recolher esta variedade de dados para chegar a uma vis\u00e3o global da polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica.* A atmosfera terrestre \u00e9 um sistema complicado que depende de v\u00e1rios factores. Os sat\u00e9lites de observa\u00e7\u00e3o que orbitam \u00e0 volta do planeta monitorizam constantemente o estado do ar que inalamos e o modo como \u00e9 afectado pela polui\u00e7\u00e3o natural e pela de origem humana. Uma miss\u00e3o essencial uma vez que, segundo dados recentes da Organiza\u00e7\u00e3o Mundial de Sa\u00fade, uma em cada oito mortes a n\u00edvel mundial se deve \u00e0 polui\u00e7\u00e3o do ar. Os investigadores da Universidade de Bremen s\u00e3o pioneiros na medi\u00e7\u00e3o da polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica cruzando os dados obtidos no espa\u00e7o e os valores colhidos em esta\u00e7\u00f5es terrestres. \u201cMedi\u00e7\u00f5es feitas no espa\u00e7o s\u00e3o essenciais porque nos d\u00e3o uma vis\u00e3o global, do geral at\u00e9 \u00e0 escala local, que nos diz o que a meteorologia e a qu\u00edmica atmosf\u00e9rica est\u00e3o a fazer \u00e0s nossas emiss\u00f5es.O sistema de ventos move-se e a certa altura do ano a Europa est\u00e1 a ventilar para as regi\u00f5es do \u00c1rctico. Do mesmo modo, n\u00f3s recebemos na Europa, no Ver\u00e3o, polui\u00e7\u00e3o vinda da Am\u00e9rica. Temos de perceber a origem, os chamados fluxos de superf\u00edcie, as emiss\u00f5es\u2026 tamb\u00e9m temos de perceber a qu\u00edmica atmosf\u00e9rica e a f\u00edsica que permitem que a polui\u00e7\u00e3o se espalhe \u00e0 volta do globo terrestre\u201d, explica \u00e0 euronews John Philip Burrows, Professor de F\u00edsica da atmosfera e dos oceanos na Universidade de Bremen. Para detectar cada uma das pe\u00e7as do puzzle qu\u00edmico que comp\u00f5em a nossa atmosfera, os cientistas usam dados colhidos por espectr\u00f3metros, an\u00e1lises a aeross\u00f3is (pequenas part\u00edculas de um l\u00edquido ou s\u00f3lido em suspens\u00e3o no ar na forma de um g\u00e1s) e medi\u00e7\u00f5es por sat\u00e9lite, como as que nos chegam do programa Copernicus, da Ag\u00eancia Espacial Europeia, com recurso aos instrumentos orbitais GOME 1, GOME 2 e SCIAMACHY, mais as pr\u00f3ximas miss\u00f5es Sentinel 4 e 5. No observat\u00f3rio de Bremen, sobre o telhado da universidade, a luz solar \u00e9 decomposta nas suas radia\u00e7\u00f5es b\u00e1sicas e analisada para encontrar vest\u00edgios de poluentes. Justus Notholt, Professor de detec\u00e7\u00e3o remota na Universidade de Bremen, mostra \u00e0 euronews algum do seu trabalho: \u201ode dizer-se que cada mol\u00e9cula tem a sua impress\u00e3o digital no espectro. A quantidade de informa\u00e7\u00e3o \u00e9 avassaladora. Estas linhas representam o di\u00f3xido de carbono (CO2), o CO2 na atmosfera absorvido pela luz solar.\u201d This truck measures atmospheric pollution and the measurement are then combine with satellite data. #space euronews pic.twitter.com/PTKf0DS9lR\u2014 stroclaudio (@RosmiNow) March 1, 2017 A Universidade tem uma carrinha que \u00e9 uma esta\u00e7\u00e3o m\u00f3vel de medi\u00e7\u00e3o. Contribui para detectar as pegadas de polui\u00e7\u00e3o e emiss\u00f5es industriais que afectam a qualidade do ar. Metano e CO2 s\u00e3o os gases de estufa que guiam a altera\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica global e est\u00e3o fortemente ligados \u00e0 actividade humana, mas, para se ter uma ideia geral, \u00e9 crucial distinguir entre polui\u00e7\u00e3o de origem humana e polui\u00e7\u00e3o natural, como a de vulc\u00f5es, fogos de florestas e pastagens, entre outras. Folkard Wittrock, l\u00edder do Grupo de Investiga\u00e7\u00e3o na Universidade de Bremen, explica o funcionamento da esta\u00e7\u00e3o m\u00f3vel: \u201cA carrinha d\u00e1-nos um conjunto \u00fanico de ferramentas. H\u00e1 instrumentos para aspirar o ar \u00e0 nossa volta, o que nos permite analisar os poluentes no ar, por exemplo.Por outro lado, temos instrumentos de detec\u00e7\u00e3o remota, que usam mais ou menos o mesmo tipo de an\u00e1lise dos instrumentos espaciais, para ter uma ideia abrangente dos poluentes \u00e0 nossa volta.\u201d Os investigadores de Bremen v\u00e3o lan\u00e7ar nos pr\u00f3ximos meses mais uma iniciativa para pesquisar o impacto das megacidades na qualidade do ar \u00e0 escala local e regional atrav\u00e9s da recolha de dados sobre part\u00edculas suspensas na atmosfera. Esta \u201cMiss\u00e3o Di\u00f3xido de Carbono e Metano\u201d vai fornecer novos dados para refor\u00e7ar a valida\u00e7\u00e3o das medi\u00e7\u00f5es por sat\u00e9lite, como explica Maria Dolores Andr\u00e9s Hernand\u00e9z, Chefe do Grupo de Pesquisa na Universidade de Bremen: \u201cTemos duas campanhas intensivas de recolha de dados a\u00e9reos que nos d\u00e3o uma esp\u00e9cie de retrato da qu\u00edmica destas emiss\u00f5es e usamos tamb\u00e9m os dados de sat\u00e9lite para perceber a evolu\u00e7\u00e3o qu\u00edmica das emiss\u00f5es das megacidades.\u201d \u00c0 medida que os \u201cdetectives da polui\u00e7\u00e3o do ar\u201d reunem factos, t\u00eam de processar esta enorme quantidade de informa\u00e7\u00e3o.Esse o final requer algoritmos complexos e infraestruturas de TI para obter coer\u00eancia entre as medi\u00e7\u00f5es da observa\u00e7\u00e3o feita pela rede de sat\u00e9lites e os diferentes sensores terrestres. Ser\u00e1 essa a base de constru\u00e7\u00e3o de uma ferramenta de previs\u00e3o da polui\u00e7\u00e3o: \u201cOs sat\u00e9lites d\u00e3o-nos este mapa muito bonito, mas apenas conseguimos us\u00e1-los se houver uma medi\u00e7\u00e3o de valida\u00e7\u00e3o para comparar e isto necessita de boas medi\u00e7\u00f5es feitas em terra.Assim que se lan\u00e7a o sat\u00e9lite, est\u00e1 fora de controlo, n\u00e3o se pode trazer para o laborat\u00f3rio para verificar e testar. Est\u00e1 l\u00e1 em cima e \u00e9 preciso confiar nos dados. A \u00fanica maneira de obter esta confian\u00e7a nos dados \u00e9 por compara\u00e7\u00e3o com outras medi\u00e7\u00f5es\u201d, declara Andreas Richter, Cientista na Universidade de Bremen. #Climate deniers blameglobal warmingon nature. This #NASA data begsto differhttps://t.co/0h6JCqfKzD\u2014 stroclaudio(RosmiNow) February 28, 2017 O aumento dos gases de efeito de estufa alterou o equil\u00edbrio energ\u00e9tico da Terra e acelerou o processo de altera\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica.O impacto no aquecimento global tem revelado a vulnerabilidade do ecossistema do planeta.Isto torna os estudos cient\u00edficos fundamentais para lidar com eventos meteorol\u00f3gicos de alto impacto e estabelecer pol\u00edticas de ac\u00e7\u00e3o adequadas. \u201cA Humanidade tem uma influ\u00eancia enorme no clima e o problema \u00e9 que tudo o que fazemos agora tem uma escala de longa dura\u00e7\u00e3o, temos de tomar decis\u00f5es agora para que possamos ver resultados dentro de 50 anos ou ainda mais tarde\u2026\u201dafirma o Professor Notholt. O Professor Burrows sublinha a prem\u00eancia da recolha e tratamento do maior e melhor n\u00famero de dados, mas p\u00f5e a t\u00f3nica do futuro na a\u00e7\u00e3o: \u201recisamos de mais informa\u00e7\u00e3o de qualidade para que possamos providenciar novos mecanismos e os melhores modelos poss\u00edvel para prever o impacto da ac\u00e7\u00e3o humana e dos fen\u00f3menos naturais \u00e0 medida que o sistema terrestre muda. Temos assistido \u00e0 melhoria da qualidade do ar na Europa e isto \u00e9 certamente o resultado de medidas implementadas. Mostra que as pessoas podem faz\u00ea-lo, os governos podem faz\u00ea-lo, mas temos um longo caminho a percorrer.\u201d O sat\u00e9lite Sentinel 5 Precursor, da Esta\u00e7\u00e3o Espacial Europeia, que ser\u00e1 enviado para \u00f3rbita este ano, vai fornecer medi\u00e7\u00f5es de alto n\u00edvel da atmosfera terrestre, ultraando o desempenho dos instrumentos actualmente em \u00f3rbita e aumentando a qualidade de recolha de dados. Ser\u00e1 este o caminho para que seja poss\u00edvel aos investigadores optimizar os modelos que usam.", "dateCreated": "2017-03-16T14:01:55+01:00", "dateModified": "2017-03-16T14:01:55+01:00", "datePublished": "2017-03-16T14:01:55+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F360211%2F1440x810_360211.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Quais os n\u00edveis de polui\u00e7\u00e3o nas cidades?E como \u00e9 que a polui\u00e7\u00e3o est\u00e1 a alterar a atmosfera do planeta?S\u00e3o algumas perguntas a que os investigadores da Universidade de Bremen, na Alemanha, est\u00e3o a te", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F360211%2F432x243_360211.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Rosmino", "givenName": "Claudio", "name": "Claudio Rosmino", "url": "/perfis/108", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@RosmiNow", "jobTitle": "Producer", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue italienne" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Universidade de Bremen é pioneira no mapeamento da poluição atmosférica

Universidade de Bremen é pioneira no mapeamento da poluição atmosférica
Direitos de autor 
De Claudio Rosmino
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Quais os níveis de poluição nas cidades?E como é que a poluição está a alterar a atmosfera do planeta?São algumas perguntas a que os investigadores da Universidade de Bremen, na Alemanha, estão a te

PUBLICIDADE

*Certamente já usou uma aplicação no telemóvel para consultar a previsão meteorológica. Hoje, graças a uma rede de satélites e estações terrestres, é possível obter informações sobre poluição em várias cidades no seu telemóvel.
O jornalista Claudio Rosmino reporta-nos como a Universidade de Bremen, está a recolher esta variedade de dados para chegar a uma visão global da poluição atmosférica.*

A atmosfera terrestre é um sistema complicado que depende de vários factores. Os satélites de observação que orbitam à volta do planeta monitorizam constantemente o estado do ar que inalamos e o modo como é afectado pela poluição natural e pela de origem humana.

Uma missão essencial uma vez que, segundo dados recentes da Organização Mundial de Saúde, uma em cada oito mortes a nível mundial se deve à poluição do ar.

Os investigadores da Universidade de Bremen são pioneiros na medição da poluição atmosférica cruzando os dados obtidos no espaço e os valores colhidos em estações terrestres.

“Medições feitas no espaço são essenciais porque nos dão uma visão global, do geral até à escala local, que nos diz o que a meteorologia e a química atmosférica estão a fazer às nossas emissões.
O sistema de ventos move-se e a certa altura do ano a Europa está a ventilar para as regiões do Árctico. Do mesmo modo, nós recebemos na Europa, no Verão, poluição vinda da América. Temos de perceber a origem, os chamados fluxos de superfície, as emissões… também temos de perceber a química atmosférica e a física que permitem que a poluição se espalhe à volta do globo terrestre”, explica à euronews John Philip Burrows, Professor de Física da atmosfera e dos oceanos na Universidade de Bremen.

Para detectar cada uma das peças do puzzle químico que compõem a nossa atmosfera, os cientistas usam dados colhidos por espectrómetros, análises a aerossóis (pequenas partículas de um líquido ou sólido em suspensão no ar na forma de um gás) e medições por satélite, como as que nos chegam do programa Copernicus, da Agência Espacial Europeia, com recurso aos instrumentos orbitais GOME 1, GOME 2 e SCIAMACHY, mais as próximas missões Sentinel 4 e 5.

No observatório de Bremen, sobre o telhado da universidade, a luz solar é decomposta nas suas radiações básicas e analisada para encontrar vestígios de poluentes.

Justus Notholt, Professor de detecção remota na Universidade de Bremen, mostra à euronews algum do seu trabalho: “Pode dizer-se que cada molécula tem a sua impressão digital no espectro. A quantidade de informação é avassaladora. Estas linhas representam o dióxido de carbono (CO2), o CO2 na atmosfera absorvido pela luz solar.”

This truck measures atmospheric pollution and the measurement are then combine with satellite data. #spaceeuronews</a> <a href="https://t.co/PTKf0DS9lR">pic.twitter.com/PTKf0DS9lR</a></p>— stroclaudio (@RosmiNow) March 1, 2017

A Universidade tem uma carrinha que é uma estação móvel de medição. Contribui para detectar as pegadas de poluição e emissões industriais que afectam a qualidade do ar.

Metano e CO2 são os gases de estufa que guiam a alteração climática global e estão fortemente ligados à actividade humana, mas, para se ter uma ideia geral, é crucial distinguir entre poluição de origem humana e poluição natural, como a de vulcões, fogos de florestas e pastagens, entre outras.

Folkard Wittrock, líder do Grupo de Investigação na Universidade de Bremen, explica o funcionamento da estação móvel: “A carrinha dá-nos um conjunto único de ferramentas. Há instrumentos para aspirar o ar à nossa volta, o que nos permite analisar os poluentes no ar, por exemplo.
Por outro lado, temos instrumentos de detecção remota, que usam mais ou menos o mesmo tipo de análise dos instrumentos espaciais, para ter uma ideia abrangente dos poluentes à nossa volta.”

Os investigadores de Bremen vão lançar nos próximos meses mais uma iniciativa para pesquisar o impacto das megacidades na qualidade do ar à escala local e regional através da recolha de dados sobre partículas suspensas na atmosfera.

Esta “Missão Dióxido de Carbono e Metano” vai fornecer novos dados para reforçar a validação das medições por satélite, como explica Maria Dolores Andrés Hernandéz, Chefe do Grupo de Pesquisa na Universidade de Bremen: “Temos duas campanhas intensivas de recolha de dados aéreos que nos dão uma espécie de retrato da química destas emissões e usamos também os dados de satélite para perceber a evolução química das emissões das megacidades.”

À medida que os “detectives da poluição do ar” reunem factos, têm de processar esta enorme quantidade de informação.
Esse o final requer algoritmos complexos e infraestruturas de TI para obter coerência entre as medições da observação feita pela rede de satélites e os diferentes sensores terrestres. Será essa a base de construção de uma ferramenta de previsão da poluição: “Os satélites dão-nos este mapa muito bonito, mas apenas conseguimos usá-los se houver uma medição de validação para comparar e isto necessita de boas medições feitas em terra.
Assim que se lança o satélite, está fora de controlo, não se pode trazer para o laboratório para verificar e testar. Está lá em cima e é preciso confiar nos dados. A única maneira de obter esta confiança nos dados é por comparação com outras medições”, declara Andreas Richter, Cientista na Universidade de Bremen.

#Climate deniers blameglobal warmingon nature. This #NASA data begsto differhttps://t.co/0h6JCqfKzD

stroclaudio(RosmiNow) February 28, 2017 O aumento dos gases de efeito de estufa alterou o equilíbrio energético da Terra e acelerou o processo de alteração climática.
O impacto no aquecimento global tem revelado a vulnerabilidade do ecossistema do planeta.
Isto torna os estudos científicos fundamentais para lidar com eventos meteorológicos de alto impacto e estabelecer políticas de acção adequadas.

“A Humanidade tem uma influência enorme no clima e o problema é que tudo o que fazemos agora tem uma escala de longa duração, temos de tomar decisões agora para que possamos ver resultados dentro de 50 anos ou ainda mais tarde…”
afirma o Professor Notholt.

O Professor Burrows sublinha a premência da recolha e tratamento do maior e melhor número de dados, mas põe a tónica do futuro na ação: “Precisamos de mais informação de qualidade para que possamos providenciar novos mecanismos e os melhores modelos possível para prever o impacto da acção humana e dos fenómenos naturais à medida que o sistema terrestre muda. Temos assistido à melhoria da qualidade do ar na Europa e isto é certamente o resultado de medidas implementadas. Mostra que as pessoas podem fazê-lo, os governos podem fazê-lo, mas temos um longo caminho a percorrer.”

O satélite Sentinel 5 Precursor, da Estação Espacial Europeia, que será enviado para órbita este ano, vai fornecer medições de alto nível da atmosfera terrestre, ultraando o desempenho dos instrumentos actualmente em órbita e aumentando a qualidade de recolha de dados. Será este o caminho para que seja possível aos investigadores optimizar os modelos que usam.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Telecomunicações: mais de 50 anos depois do primeiro satélite no espaço

NASA vai anunciar nova tripulação que vai à Lua

Satélites monitorizam alterações climáticas