{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2022/03/07/fugir-com-as-maos-quase-vazias" }, "headline": "Fugir \u0022com as m\u00e3os quase vazias\u0022", "description": "O drama dos refugiados vindos da Ucr\u00e2nia n\u00e3o acaba com a travessia da fronteira. Reportagem da Euronews na Pol\u00f3nia", "articleBody": "N\u00e3o h\u00e1 tr\u00e9guas no acolhimento de pessoas que atravessam a fronteira da Ucr\u00e2nia com a Pol\u00f3nia . Nas contas das Na\u00e7\u00f5es Unidas , mais de um milh\u00e3o de refugiados ucranianos chegaram a territ\u00f3rio polaco nos \u00faltimos 10 dias. O presidente da C\u00e2mara da pequena cidade fronteiri\u00e7a de\u00a0 Przemysl\u00a0 ite que a resposta n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil. \u0022N\u00e3o temos tempo. Temos de recolher rapidamente as pessoas na fronteira. Durante a noite as temperaturas s\u00e3o de menos dois ou menos tr\u00eas graus e n\u00e3o podemos deixar pessoas congelar na fronteira. \u00c9 uma situa\u00e7\u00e3o dif\u00edcil e provavelmente ser\u00e1 mais dif\u00edcil num futuro pr\u00f3ximo,\u0022 afirma\u00a0 Wojciech Bakun. Noite e dia, chegam \u00e0 cidade dezenas de autocarros num fluxo cont\u00ednuo. L\u00e1 dentro, refugiados exaustos que recebem o b\u00e1sico, comida e roupa.\u00a0 Tanya Andreeva, uma chef de Kiev, procura um casaco quente para o filho de 7 anos antes de continuar a viagem.\u00a0 \u0022N\u00e3o pudemos trazer quase nada. Foi demasiado r\u00e1pido, havia bombas a explodir. Foi muito assustador. O meu filho estava muito assustado. Atir\u00e1mos algumas coisas para dentro da mala, sa\u00edmos e corremos com as m\u00e3os quase vazias,\u0022 desabafa. Os refugiados vindos da Ucr\u00e2nia s\u00e3o, na maioria, mulheres e crian\u00e7as.\u00a0 Est\u00e3o numa situa\u00e7\u00e3o particularmente vulner\u00e1vel e precisam de protec\u00e7\u00e3o. Agnieszka Falana, volunt\u00e1ria no centro de acolhimento, a melhor forma de proteger todas as pessoas que atravessam a fronteira \u00e9 registar a entrada e o destino. Porque mesmo perante a trag\u00e9dia h\u00e1 quem se aproveite. \u0022Cada pessoa que sair ser\u00e1 registada. Teremos todos os seus dados pessoais e das pessoas que as v\u00eam buscar - o apartamento, a morada, tudo -, para que possamos ter o controlo das pessoas. Sabemos que h\u00e1 jovens raparigas a desaparecer. H\u00e1 ladr\u00f5es que tentam roubar tudo o que as pessoas t\u00eam. Num saco, t\u00eam dinheiro, j\u00f3ias, porque foi tudo o que conseguiram apanhar antes de vir,\u0022 explica esta festora de eventos, agora a trabalhar com os refugiados. Esta \u00e9 a crise de refugiados que cresce mais rapidamente na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. O conflito na Ucr\u00e2nia agrava-se e a Pol\u00f3nia diz que isto \u00e9 apenas o come\u00e7o. A resposta humanit\u00e1ria local parece estar \u00e0 beira do abismo, mas esperam-se ainda mais tr\u00eas a quatro milh\u00f5es de refugiados.\u00a0 ", "dateCreated": "2022-03-07T17:16:14+01:00", "dateModified": "2022-03-07T19:19:21+01:00", "datePublished": "2022-03-07T19:19:19+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F52%2F68%2F62%2F1440x810_cmsv2_7b877894-36c9-5b0c-bfc4-2a0203c0146d-6526862.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O drama dos refugiados vindos da Ucr\u00e2nia n\u00e3o acaba com a travessia da fronteira. Reportagem da Euronews na Pol\u00f3nia", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F52%2F68%2F62%2F432x243_cmsv2_7b877894-36c9-5b0c-bfc4-2a0203c0146d-6526862.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Pinna", "givenName": "Monica", "name": "Monica Pinna", "url": "/perfis/107", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@_MonicaPinna", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue italienne" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Fugir "com as mãos quase vazias"

Fugir "com as mãos quase vazias"
Direitos de autor Visar Kryeziu/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
Direitos de autor Visar Kryeziu/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
De Monica Pinna
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O drama dos refugiados vindos da Ucrânia não acaba com a travessia da fronteira. Reportagem da Euronews na Polónia

PUBLICIDADE

Não há tréguas no acolhimento de pessoas que atravessam a fronteira da Ucrânia com a Polónia. Nas contas das Nações Unidas, mais de um milhão de refugiados ucranianos chegaram a território polaco nos últimos 10 dias.O presidente da Câmara da pequena cidade fronteiriça de **Przemysl **ite que a resposta não é fácil.

"Não temos tempo. Temos de recolher rapidamente as pessoas na fronteira. Durante a noite as temperaturas são de menos dois ou menos três graus e não podemos deixar pessoas congelar na fronteira. É uma situação difícil e provavelmente será mais difícil num futuro próximo," afirma Wojciech Bakun.

Noite e dia, chegam à cidade dezenas de autocarros num fluxo contínuo. Lá dentro, refugiados exaustos que recebem o básico, comida e roupa. 

Tanya Andreeva, uma chef de Kiev, procura um casaco quente para o filho de 7 anos antes de continuar a viagem. "Não pudemos trazer quase nada. Foi demasiado rápido, havia bombas a explodir. Foi muito assustador. O meu filho estava muito assustado. Atirámos algumas coisas para dentro da mala, saímos e corremos com as mãos quase vazias," desabafa.

Os refugiados vindos da Ucrânia são, na maioria, mulheres e crianças. Estão numa situação particularmente vulnerável e precisam de protecção.

Agnieszka Falana, voluntária no centro de acolhimento, a melhor forma de proteger todas as pessoas que atravessam a fronteira é registar a entrada e o destino. Porque mesmo perante a tragédia há quem se aproveite.

"Cada pessoa que sair será registada. Teremos todos os seus dados pessoais e das pessoas que as vêm buscar - o apartamento, a morada, tudo -, para que possamos ter o controlo das pessoas. Sabemos que há jovens raparigas a desaparecer. Há ladrões que tentam roubar tudo o que as pessoas têm. Num saco, têm dinheiro, jóias, porque foi tudo o que conseguiram apanhar antes de vir," explica esta festora de eventos, agora a trabalhar com os refugiados.

Esta é a crise de refugiados que cresce mais rapidamente na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. O conflito na Ucrânia agrava-se e a Polónia diz que isto é apenas o começo. A resposta humanitária local parece estar à beira do abismo, mas esperam-se ainda mais três a quatro milhões de refugiados.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Marcha contra a imigração junta milhares de pessoas em Varsóvia

Tempestades severas atingem sul da Polónia e causam danos generalizados

Principal diplomata polaco critica a guerra da Rússia na Ucrânia: "Não têm terra suficiente?"