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Sismo sentido em Lisboa foi "aviso" face à falta de proteção dos edifícios

Sismo de magnitude 5.3 na escala de Richter teve epicentro a 60 quilómetros a oeste de Sines
Sismo de magnitude 5.3 na escala de Richter teve epicentro a 60 quilómetros a oeste de Sines Direitos de autor B.K.Banagash/AP2011
Direitos de autor B.K.Banagash/AP2011
De Joana Mourão Carvalho
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Sismo sentido na madrugada de segunda-feira foi o 10.º maior sentido em Portugal desde o século XVI. IPMA diz que abalo será motivo para vários estudos.

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Lisboa acordou em sobressalto na madrugada da ada segunda-feira devido a um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter. Não se registaram feridos nem danos materiais, mas tudo podia ser diferente caso o sismo fosse mais intenso.

"A energia que foi libertada com este evento será muito pequena em relação à energia libertada por um evento grande que poderá afetar Lisboa", explica Jorge Cruz, sismólogo do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O abalo, com epicentro a cerca de 60 quilómetros a oeste de Sines, foi o 10.º maior em Portugal desde o século XVI e deverá ser objeto de estudo, até para se entenderem futuros eventos sísmicos.

"Vamos estudar a origem do sismo, o mecanismo que motivou o sismo, como é que o sismo foi sentido em todo o continente, será motivo para vários estudos", refere Jorge Cruz.

Segundo o IPMA, na "estação acelerométrica mais próxima do epicentro do sismo do dia 26 de agosto, foram medidos os maiores valores de aceleração do movimento do solo alguma vez registados com instrumentação moderna em Portugal continental".

Desde as 05:47 de segunda-feira que se registaram nove réplicasde pequena magnitude, as mais recentes às 00:14 e 00:30 de terça-feira.

O governo entendeu este sismo como um teste às capacidades de resposta das autoridades do país, mas os especialistas encaram-no como um aviso sério, dada a densidade populacional da capital portuguesa e a falta de proteção antissísmica nos edifícios da cidade.

Cerca de 30 mil edifícios de habitação em Lisboa não são resistentes a sismos, uma vez que foram construídos antes de 1960, dois anos antes de a primeira legislação antissísmica ter entrado em vigor em Portugal. Isto significa que 60% das habitações do concelho não estão preparadas para resistir a terramotos.

A primeira regulamentação foi aprovada em 1958, tendo havido mais tarde, em 1983, uma atualização da legislação. Mas só em 1990 é que ou efetivamente a ser implementada.

A Câmara de Lisboa também anunciou na segunda-feira que vai lançar ainda esta semana uma aplicação que permitirá aos cidadãos obterem informação sobre o risco sísmico dos edifícios que habitam.

"Temos de ter atenção que as construções devem ser melhoradas. É preciso fazer alguma coisa aos edifícios e, portanto, este sismo serve de aviso sim", alerta o sismólogo.

Os sismos não podem ser previstos, mas há uma certeza: a terra vai voltar a tremer e resta ao país preparar-se para mitigar uma possível catástrofe.

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