Edan Alexander, um soldado israelo-americano, foi raptado da sua base durante o ataque liderado pelo Hamas sobre Israel a 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.
O Hamas informou, no domingo, que vai libertar o último refém americano que permanece vivo em Gaza, Edan Alexander, como parte dos esforços para estabelecer um cessar-fogo, reabrir as agens para o território bloqueado por Israel e retomar a entrega de ajuda.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou, no final de domingo, a notícia de que o Hamas tinha concordado em libertar Alexander, numa publicação nas redes sociais, no que ele chamou de “um o de boa fé dado em relação aos Estados Unidos”.
O anúncio da primeira libertação de reféns desde que Israel rompeu o cessar-fogo em março acontece pouco antes de Trump visitar o Médio Oriente esta semana.
Sugere também a vontade dos Estados Unidos, o aliado mais próximo de Israel, de envidar mais esforços nas conversações de cessar-fogo destinadas a pôr termo à guerra de 19 meses.
Trump, cuja istração expressa total apoio às ações de Israel, deverá embarcar esta semana numa digressão regional que incluirá paragens na Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos (EAU).
Em Israel, o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu confirmou o desenvolvimento da proposta de libertação de reféns do Hamas, afirmando que os EUA o informaram da intenção do grupo de libertar Alexander “sem compensação ou condições” associadas.
Acrescentou ainda que este o deverá conduzir a negociações para uma trégua.
No início deste ano, o governo de Netanyahu ficou irritado com as conversações diretas de Washington com o Hamas.
Alexander, o último refém americano vivo mantido pelo Hamas
Edan Alexander, de 21 anos, soldado israelo-americano, cresceu em Nova Jérsia e foi raptado da sua base durante o ataque liderado pelo Hamas a Israel, a 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.
Espera-se que regresse aos EUA nas próximas 48 horas, segundo a AP, citando um funcionário não identificado do Hamas.
O Hamas divulgou um vídeo de Alexander em novembro do ano ado, durante o Dia de Ação de Graças.
Segundo conta a mãe do próprio, Yael Alexander, foi difícil assistir ao vídeo enquanto ele chorava e implorava por ajuda, mas foi um alívio ver esse último sinal de que o filho estava vivo.
Trump e o seu enviado especial, Steve Witkoff, mencionaram frequentemente o nome de Alexander, agora com 21 anos, nos últimos meses, à medida que as conversações lideradas pelos EUA se iniciavam, num contexto de desespero das famílias dos reféns e dos mais de dois milhões de pessoas que vivem em Gaza sob o mais recente bloqueio israelita.
“Sempre que dizem o nome de Edan, é como se não se tivessem esquecido. Não se esqueceram que ele é americano e estão a trabalhar nisso”, disse a mãe à Associated Press no início deste ano.
Hamas diz estar pronto para negociar
Entretanto, Khalil al-Hayyah, um dos líderes do Hamas em Gaza, afirmou que o grupo tem estado em o com a istração americana nos últimos dias e que está pronto para negociar.
Al-Hayyah afirmou, em comunicado, que o Hamas está pronto a “iniciar imediatamente negociações intensivas” para chegar a um acordo final para uma trégua a longo prazo, que inclua o fim da guerra, a troca de prisioneiros palestinianos e de reféns em Gaza e a transferência do poder em Gaza para um organismo independente de tecnocratas.
De acordo com altos funcionários do Hamas e do Egito, as conversações indiretas entre o Hamas e os EUA tiveram início na semana ada, tendo por objetivo garantir a libertação dos reféns detidos pelo Hamas e o fim da guerra em Gaza.
Cinquenta e nove reféns ainda se encontram em Gaza, cerca de um terço dos quais se pensa estarem vivos. A maioria dos restantes foi libertada no âmbito de acordos de cessar-fogo ou de outros entendimentos.
De acordo com o Fórum das Famílias de Reféns, uma organização de base que representa a maioria das famílias dos reféns, a libertação de Alexander "deve marcar o início de um acordo global" que permita a libertação de todos.