{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2016/05/06/os-refugiados-podem-reforcar-o-nosso-sistema-social" }, "headline": "\u0022Os refugiados podem refor\u00e7ar o nosso sistema social\u0022", "description": "Como integrar os refugiados nas sociedades europeias, sabendo que muitos deles necessitam, para al\u00e9m de aprender a l\u00edngua e encontrar um emprego, de", "articleBody": "Como integrar os refugiados nas sociedades europeias, sabendo que muitos deles necessitam, para al\u00e9m de aprender a l\u00edngua e encontrar um emprego, de ajuda especializada para enfrentar os traumas provocados pelas situa\u00e7\u00f5es que viveram? A jornalista Sophie Claudet entrevistou Eugenio Ambrosi, respons\u00e1vel europeu pela Organiza\u00e7\u00e3o Internacional para as Migra\u00e7\u00f5es (OIM). Sophie Claudet, euronews: Tendo em conta a sua experi\u00eancia, o que se deve fazer para integrar os refugiados, para al\u00e9m da quest\u00e3o da l\u00edngua e do emprego? Eugenio Ambrosi: As medidas mais importantes que todos os Estados-membros deviam implementar para facilitar a integra\u00e7\u00e3o dos refugiados s\u00e3o, para al\u00e9m do acolhimento, o ensino da l\u00edngua, a orienta\u00e7\u00e3o cultural e o apoio \u00e0 inser\u00e7\u00e3o no mercado de trabalho. Contribuir para a integra\u00e7\u00e3o de refugiados e requerentes de asilo n\u00e3o \u00e9 apenas um gesto humanit\u00e1rio. \u00c9 algo que \u00e9 do interesse do pr\u00f3prio pa\u00eds de acolhimento, porque se os refugiados e os requerentes de asilo forem integrados corretamente, podem tornar-se numa parte importante da nossa sociedade e refor\u00e7ar mesmo o nosso sistema social. euronews: E no que respeita ao apoio psicol\u00f3gico? EA: Eu diria que 100% das pessoas que est\u00e3o a chegar \u00e0 Europa aram por situa\u00e7\u00f5es muito traum\u00e1ticas. Acresce ainda o facto de, entre essas pessoas, haver uma faixa que \u00e9 particularmente vulner\u00e1vel. Cerca de 25% daqueles que alcan\u00e7aram a Europa nos \u00faltimos dois anos s\u00e3o menores que vieram sozinhos, crian\u00e7as de diversas idades \u2013 algumas muito novas \u2013 que viajaram sozinhas e que se encontram isoladas agora na Europa, longe dos seus familiares. H\u00e1 tamb\u00e9m mulheres a viajar sozinhas, idosos, pessoas doentes. Ou seja, h\u00e1 ainda um outro conjunto de vulnerabilidades a ter em conta. O apoio psicossocial \u00e9 um elemento fundamental no sentido de recuperar a dignidade dessas pessoas. euronews: A Europa est\u00e1 a fazer tudo o que pode? EA: De um ponto de vista demogr\u00e1fico, a Europa tem de facto de melhorar e ampliar os mecanismos para encaixar os imigrantes que procuram trabalho. Isto \u00e9, a quest\u00e3o n\u00e3o se centra apenas nas ajudas aos refugiados e migrantes. A quest\u00e3o tem a ver com o que interessa \u00e0 Europa no futuro e como gerir o fen\u00f3meno da mobilidade no seu todo. H\u00e1 v\u00e1rias regi\u00f5es do mundo que s\u00e3o muito mais ativas no acolhimento de refugiados. N\u00e3o apenas os pa\u00edses que circundam os palcos de conflito, como a S\u00edria, mas tamb\u00e9m o Canad\u00e1 e os Estados Unidos, que t\u00eam um imenso programa de realojamento.", "dateCreated": "2016-05-06T12:38:51+02:00", "dateModified": "2016-05-06T12:38:51+02:00", "datePublished": "2016-05-06T12:38:51+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F331861%2F1440x810_331861.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Como integrar os refugiados nas sociedades europeias, sabendo que muitos deles necessitam, para al\u00e9m de aprender a l\u00edngua e encontrar um emprego, de", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F331861%2F432x243_331861.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9rie: a minha Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

"Os refugiados podem reforçar o nosso sistema social"

"Os refugiados podem reforçar o nosso sistema social"
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Como integrar os refugiados nas sociedades europeias, sabendo que muitos deles necessitam, para além de aprender a língua e encontrar um emprego, de

Como integrar os refugiados nas sociedades europeias, sabendo que muitos deles necessitam, para além de aprender a língua e encontrar um emprego, de ajuda especializada para enfrentar os traumas provocados pelas situações que viveram? A jornalista Sophie Claudet entrevistou Eugenio Ambrosi, responsável europeu pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Sophie Claudet, euronews: Tendo em conta a sua experiência, o que se deve fazer para integrar os refugiados, para além da questão da língua e do emprego?

Eugenio Ambrosi: As medidas mais importantes que todos os Estados-membros deviam implementar para facilitar a integração dos refugiados são, para além do acolhimento, o ensino da língua, a orientação cultural e o apoio à inserção no mercado de trabalho. Contribuir para a integração de refugiados e requerentes de asilo não é apenas um gesto humanitário. É algo que é do interesse do próprio país de acolhimento, porque se os refugiados e os requerentes de asilo forem integrados corretamente, podem tornar-se numa parte importante da nossa sociedade e reforçar mesmo o nosso sistema social.

euronews: E no que respeita ao apoio psicológico?

EA: Eu diria que 100% das pessoas que estão a chegar à Europa aram por situações muito traumáticas. Acresce ainda o facto de, entre essas pessoas, haver uma faixa que é particularmente vulnerável. Cerca de 25% daqueles que alcançaram a Europa nos últimos dois anos são menores que vieram sozinhos, crianças de diversas idades – algumas muito novas – que viajaram sozinhas e que se encontram isoladas agora na Europa, longe dos seus familiares. Há também mulheres a viajar sozinhas, idosos, pessoas doentes. Ou seja, há ainda um outro conjunto de vulnerabilidades a ter em conta. O apoio psicossocial é um elemento fundamental no sentido de recuperar a dignidade dessas pessoas.

euronews: A Europa está a fazer tudo o que pode?

EA: De um ponto de vista demográfico, a Europa tem de facto de melhorar e ampliar os mecanismos para encaixar os imigrantes que procuram trabalho. Isto é, a questão não se centra apenas nas ajudas aos refugiados e migrantes. A questão tem a ver com o que interessa à Europa no futuro e como gerir o fenómeno da mobilidade no seu todo. Há várias regiões do mundo que são muito mais ativas no acolhimento de refugiados. Não apenas os países que circundam os palcos de conflito, como a Síria, mas também o Canadá e os Estados Unidos, que têm um imenso programa de realojamento.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Refugiados: O caminho íngreme da integração

Obtiveram estatuto de refugiados. E agora?

França depois dos atentados de 2015