União Europeia procura progressos nas áreas do comércio e direitos humanos
O primeiro encontro entre líderes europeus e chineses após o início da pandemia foi marcado por tensões diplomáticas entre os dois blocos.
A cimeira UE-China tinha como objetivo encontrar soluções para a extensa lista de diferenças, na sua maioria relacionadas com Hong Kong e o comércio.
Os governos europeus dizem-se preocupados relativamente à lei de segurança chinesa para Hong Kong, uma lei denunciada por ativistas, diplomatas e algumas empresas que afirmam irá comprometer o estatuto semi-autónomo do território e papel enquanto centro financeiro.
"Nós apoiamos o princípio de um país-dois sistemas e sabemos que 50% dos investimentos europeus na China am por Hong Kong, de referir que existem 1 600 empresas ativas em Hong Kong e que nós consideramos que é necessário respeitar a neutralidade política dessas empresas", defendeu o líder do Conselho Europeu, Charles Michel.
O comércio esteve igualmente no centro das discussões. Bruxelas quer assegurar um acordo de investimento com Pequim para os próximos seis anos.
As capitais europeias querem mais o ao mercado chinês para investidores europeus e empresas.
A presidente da comissão europeia reconhece que até ao momento não foram feitos os progressos necessários.
"A fim de concluír o acordo de investimento precisamos de um empenho substancial por parte da China no comportamento das empresas detidas pelo estado, transparência nos subsídios e transparência na questão da transferência forçada de tecnologias", disse Ursula von der Leyen.
A pandemia aumentou as tensões entre a China e o ocidente e deu lugar a um debate sobre a diversificação das cadeias de abastecimento de forma a diminuir a dependência, nomeadamente nos setores estratégicos.
O presidente da Câmara de Comércio da UE na China afirma que isto não vai ser fácil.
"Seria uma loucura se o mundo dos negócios se afastasse da China mas segundo o que entendi, existem alguns equipamentos que são muito importantes em termos de segurança na Europa, tais como produtos farmacêuticos e equipamento de saúde. Posso dizer que será um dos tópicos mas isso quer dizer também que tudo será mais caro. Será que a Europe e as seguradoras vão querer pagar por isso?", afrimou Jörg Wuttke.
Os líderes europeus expressaram igualmente preocupação com as campanhas de desinformação e ataques informáticos m origem na China.