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Requerentes de asilo desesperam em Bruxelas

Requerentes de asilo desesperam em Bruxelas
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Enquanto esperam para aceder a centro de acolhimento e tratar dos respetivos processos muitas pessoas acabam por dormir ao relento

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O cenário repete-se todos os dias, em Bruxelas. De manhã cedo, centenas de requerentes de asilo fazem fila às portas do Petit Château, o centro de acolhimento para pessoas nestas circunstâncias mais antigo e mais importante da Bélgica.

Esperam completar os respetivos processos para encontrar um lugar seguro para ficar, mas a rede de receção está saturada e a situação tem-se agravado para quem aqui chega.

Muitos acabam por ar noites ao relento, expostos ao frio e rodeados de lixo.

São pessoas como Jafar, que chegou do Afeganistão há dois meses, e que tem sobrevivido nas ruas.

"Durmo aqui todas as noites, mas na verdade não consigo dormir porque está muito frio. Fico assim todas as noites e de manhã tenho de sair", sublinhou o requerente de asilo, em entrevista à Euronews.

A porta deste centro de chegada de requerentes de asilo abre às 08:45.

Primeiro, recebem-se os mais vulneráveis: menores isolados e famílias com crianças. Só depois é que chega a vez de homens solteiros tentarem a sorte, dia após dia. A maioria sai sem respostas, o que cria momentos de tensão.

As organizações humanitárias tentam dar algum consolo às portas do Petit Château.

"Há várias semanas que estamos aqui todas as manhãs para oferecer café, chá ou cobertores. Também para prestar apoio médico às pessoas em risco de hipotermia e ainda para distribuir material, as orientar e informá-las o mais possível", referiu Mehdi Kassou, da Plataforma Cidadã de Apoio aos Refugiados.

Nas últimas semanas, aumentaram as chegadas e há falta de alojamento para acomodar todas as pessoas, também em parte por causa das inundações que desalojaram muitos belgas durante o verão.

A agência governamental que lida com os requerentes de asilo (FEDASIL) está numa corrida contra o tempo.

"Esta semana vão abrir 300 lugares, mas na verdade temos falta de espaços. É por isso que não podem entrar todos. A situação é bastante crítica e é tempo de fazer todos os esforços para encontrar lugares, de qualquer tipo, não importa, desde que as pessoas tenham uma cama e a possibilidade de dormir em algum lugar", ressalvou Isabelle Plumat, da FEDASIL.

A situação transcende as fronteiras da Bélgica, com muitos pontos críticos espalhados por toda a Europa.

A União Europeia continua dividida em matéria de migração e asilo.

Esta quinta-feira, os ministros da istração Interna da União Europeia reúnem-se para acertar agulhas neste domínio, mas o consenso é difícil.

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